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Japão fez história e pela primeira vez lidera o circuito mundial

Kanoa Igarashi vira herói japonês assumindo a ponta do ranking da World Surf League e chega em Bells Beach para a quarta etapa vestindo a lycra amarela de líder do “circuito dos sonhos” que será realizado de 10 a 20 de abril na Austrália.  

Kanoa Igarashi . Foto: Damien Poullenot/WSL

Kanoa Igarashi vira herói japonês assumindo a ponta do ranking da World Surf League e chega em Bells Beach para a quarta etapa vestindo a lycra amarela de líder do “circuito dos sonhos” que será realizado de 10 a 20 de abril na Austrália.  

Com a segunda colocação de Filipe Toledo no Meo Pro Portugal, ele assumiu o quarto lugar no ranking, tirando Caio Ibelli do seleto grupo dos top-5, que no final do ano vai disputar o título mundial no Rip Curl WSL Finals em Trestles, na Califórnia. Caio agora é o sexto colocado e o ex-líder, Barron Mamiya, passou a dividir a segunda posição com Kelly Slater, Filipe Toledo está na quarta e Seth Moniz caiu do segundo para o quinto lugar.

Na terceira colocação em Portugal, o campeão olímpico Italo Ferreira subiu da 16.a para a décima posição. Miguel Pupo desceu da nona para a 11.a e seu irmão, Samuel, é o outro brasileiro na lista dos 22 primeiros colocados no ranking, que seguirão disputando o CT na segunda metade da temporada. Samuel Pupo ocupa o 18.o lugar, empatado com o peruano Lucca Mesinas, que também está dentro do G-22.

Griffin Colapinto . Foto: Damien Poullenot/WSL

Outros cinco integrantes da seleção brasileira desse ano, terão que tentar entrar neste grupo que já garante vaga no CT 2023, nas duas etapas da Austrália. João Chianca é quem está mais próximo, em 23.o lugar. Deivid Silva e Jadson André dividem a 27.a posição, enquanto o tricampeão mundial Gabriel Medina e o contundido Yago Dora, não competiram esse ano e só aparecem na 39.a colocação.

Filipe Toledo queria o bicampeonato em Portugal, mas ficou feliz por voltar ao pódio: “É muito bom estar aqui em Portugal de novo. É um lugar que me sinto bem confortável, as pessoas são muito acolhedoras e sempre tenho bons resultados aqui. O evento inteiro foi de muito surfe e me diverti bastante. Deu altas ondas e estou feliz em estar no pódio novamente. Parabéns para a Tatiana, para a Lakey, para o Griffin pela vitória e estou pronto para a Austrália”.

Filipe Toledo abraçou a campeã Tatiana Weston-Webb na areia, antes de entrar no mar para tentar o bicampeonato em Portugal. Ele e Griffin Colapinto moram em San Clemente, na Califórnia. O americano pegou a primeira onda nas direitas e já voou num aéreo nose pick de frontside, que vale 4,67. Filipe começou nas esquerdas, só acertando a primeira manobra e errando a segunda. Na terceira onda, conseguiu atacar forte três vezes de backside e ganha 6,67. Logo, repete a dose com uma série de três manobras que valem 5,50.  

Filipe Toledo . Foto: Damien Poullenot/WSL

Griffin entrou no jogo, mostrando a potência do seu backside com três batidas muito fortes numa esquerda boa, para assumir a ponta com 7,67. Filipe ficou precisando de 5,68 para vencer nos 10 minutos finais e faz uma combinação de três ataques explosivos, retomando a liderança com nota 7,53. Mas, Griffin veio na de trás, que é maior e rende duas manobras potentes para ganhar 6,67 e abrir 6,82 pontos de vantagem sobre o brasileiro nos últimos 5 minutos. Sem rampas para voar, o máximo que Filipe conseguiu foi 5,90 e Griffin Colapinto festejou a primeira vitória da sua carreira, por uma pequena vantagem de 14,34 a 14,20 pontos.  

“É muito louco tudo isso. Só penso nos meus pais e minha família, que sempre me apoiaram. Lembro do meu pai me filmando da areia e minha mãe dando dicas, mesmo sem saber surfar (risos)”, contou Griffin Colapinto. “Eu estava treinando numas ondas iguais a essas antes de vir pra cá, nas mesmas condições dessas da final. Eu nem acredito nos nomes que passei pra chegar na final. É louco, porque nos dois eventos do Havaí, eu não passei da terceira fase e estava preocupado com o corte no meio da temporada. Mas, mantive a fé e acreditei no desconhecido. Sempre estou aprendendo e isso é o que me motiva no surfe”.  

No domingo,06/03, Griffin Colapinto conseguiu a primeira nota 10 da temporada no WSL Championship Tour, com um aéreo incrível de backside nas esquerdas de Supertubos, muito alto e com grande amplitude. O feito aconteceu no duelo com o amigo Kolohe Andino pelas quartas de final. Na segunda-feira, ele também acertou os aéreos e manobrou forte para despachar o bicampeão mundial John John Florence nas semifinais. E, com os 10.000 pontos da vitória no MEO Pro Portugal apresentado pela Rip Curl, ganhou vinte posições no ranking, saltando do 27.o para o sétimo lugar.   Agora, está no grupo dos 22 primeiros colocados, que seguirão disputando o WSL Championship Tour na segunda metade da temporada, já com as vagas confirmadas para a elite de 2023. Essa lista será definida nas duas etapas da Austrália, o Rip Curl Pro Bells Beach de 10 a 20 de abril e o Margaret River Pro do dia 24 a 4 de maio.

Griffin Colapinto . Foto: Thiago Diz/WSL

O vice-campeão em Portugal, Filipe Toledo, decidiu os últimos títulos destes dois eventos. Perdeu o de Bells Beach para John John Florence em 2019, mas ganhou o de Margaret River contra Jordy Smith. Filipe ganhou a semifinal brasileira contra Ítalo Ferreira, mas perdeu por 0,14 de diferença para Griffin. Filipinho não conseguiu a 11.a vitória na sua 15.a final disputada em etapas do CT, mas subiu no primeiro pódio esse ano, depois de ganhar a reedição da decisão brasileira de 2015 nas ondas de Supertubos. Ele e Italo Ferreira tentaram repetir o show de aéreos daquela final, com Filipe garantindo a terceira vitória da sua carreira com uma nota 10. Dessa vez, as ondas não estavam tão boas para isso e eles mais caíram do que completaram as manobras, nas condições difíceis do mar na segunda-feira.

Ítalo tentava um tricampeonato consecutivo no MEO Pro Portugal, pois tinha vencido as duas últimas edições, em 2018 e 2019. Ele começou muito bem a semifinal brasileira, voando alto num aéreo full rotation, completando a onda com mais duas manobras, para ganhar a maior nota do último dia, 8,83. Só que não conseguiu nada melhor do um 3,83 depois, enquanto Filipe somou 7,50 do seu melhor aéreo, com 6,17 das manobras em outra onda, para vencer a primeira vaga para a grande final por 13,67 a 12,66 pontos.    

     

Griffin Colapinto . Foto:Damien Poullenot/WSL
  TOP-22 DO WSL CHAMPIONSHIP TOUR 2022 – 3 etapas:
1.o- Kanoa Igarashi (JPN) – 17.290 pontos
2.o- Kelly Slater (EUA) – 14.650
2.o- Barron Mamiya (HAV) – 14.650
4.o- Filipe Toledo (BRA) – 14.440
5.o- Seth Moniz (HAV) – 13.875
6.o- Caio Ibelli (BRA) – 13.500
7.o- Griffin Colapinto (EUA) – 12.660
8.o- John John Florence (HAV) – 12.160
9.o- Jordy Smith (AFR) – 11.385
10.o- Italo Ferreira (BRA) – 10.735
11.o- Miguel Pupo (BRA) – 9.670
12.o- Kolohe Andino (EUA) – 9.395
12.o- Jake Marshall (EUA) – 9.395
14.o- Ethan Ewing (AUS) – 8.745
15.o- Connor O´Leary (AUS) – 7.970
15.o- Callum Robson (AUS) – 7.970
15.o- Nat Young (EUA) – 7.970
18.o- Conner Coffin (EUA) – 7.405
18.o- Jack Robinson (AUS) – 7.405
18.o- Ezekiel Lau (HAV) – 7.405
18.o- Samuel Pupo (BRA) – 7.405
18.o- Lucca Mesinas (PER) – 7.405
———–outros sul-americanos:
23.o- João Chianca (BRA) – 5.980 pontos
27.o- Deivid Silva (BRA) – 4.915
27.o- Jadson André (BRA) – 4.915
35.o-Miguel Tudela (PER) – 1.330
39.o- Gabriel Medina (BRA) – 795
39.o- Yago Dora (BRA) – 795  

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