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Matheus Herdy e Tainá Hinckel São campeões catarinenses

O paraibano José Francisco fez um excelente campeonato chegando a semifinal do Costão Pro. Matheus ganhou o título na final com Santiago Muniz e o de primeira campeã catarinense profissional da história foi decidido na semifinal contra Laura Raupp

Matheus Herdy voando para mais um título. Foto: Marcio David / Fecasurf

Matheus Herdy e Tainá Hinckel venceram o Costão Pro organizado pela FECASURF e festejaram os títulos catarinenses profissionais de 2021. O de primeira campeã catarinense profissional da história, foi decidido na semifinal contra Laura Raupp. Já o campeão foi definido na final com Santiago Muniz, que fechou o domingo de boas ondas na Praia do Santinho. A final feminina foi contra a peruana Arena Rodriguez Vargas. Este evento também valeu como a primeira das cinco etapas do Circuito Profissional de 2022 da Federação Catarinense de Surf, com Matheus Herdy e Tainá Hinckel já largando na frente na corrida pelos bicampeonatos.

“O primeiro campeonato catarinense amador que eu ganhei foi aqui, agora venci o meu primeiro profissional, então nunca perdi aqui na Praia do Santinho (risos)”, disse Matheus Herdy, logo após se sagrar campeão catarinense profissional de 2021. “Fazia tempo que eu não competia nessa condição assim de hoje, com vento sul. Tinha vários caras dando aéreos, o Santi (Santiago Muniz) quebrou o campeonato inteiro, mas ainda bem que eu esperei e veio aquela onda boa que tirei um 9,0. Nossa, estou muito feliz, é muito bom ganhar”.

A final masculina começou com Matheus Herdy surfando a primeira onda, uma direita que valeu nota 6,25. Santiago Muniz chegou a passar a frente com nota 7,00, numa esquerda detonada por uma série de três manobras de backside. Matheus passa a arriscar os aéreos e acerta um, que recebe 6,20 para retomar a ponta. Depois, veio uma calmaria e só nos minutos finais entrou uma direita da série, abrindo a parede para Matheus atacar forte, com duas manobras potentes que arrancaram nota 9,00 dos juízes. Ela sacramentou a vitória no Costão Pro e o título catarinense de 2021, por 15,25 a 11,75 pontos.

“Eu cresci aqui em Floripa e todo campeão catarinense eu sempre admirava, tipo o Tiago Bianchini (campeão em 2011), o Tomas Hermes (bicampeão em 2010 e 2013), então sempre achei um título muito sinistro”, destacou Matheus Herdy. “A galera aqui em Santa Catarina é muito surfe, o Circuito Catarinense é um dos melhores do Brasil e era um título que eu nem esperava que poderia conseguir, pois já fui competir no QS né. Mas, cara, que bom ter conseguido esse título, estou muito feliz por ser campeão catarinense”.

Pódio Masculino. Foto: Marcio David / Fecasurf

Apesar de não ter conseguido o título que também desejava, Santiago Muniz fez grandes apresentações na Praia do Santinho, especialmente no domingo, quando mostrou a potência do seu frontside conseguindo notas excelentes a cada bateria que disputou. Em uma delas, barrou o ex-top do CT, Michael Rodrigues. E na semifinal, derrotou outro forte concorrente ao título do Costão Pro, José Francisco, que vinha se destacando com seus aéreos. Santiago terminou como vice-campeão catarinense de 2021 e começa em segundo lugar na corrida pelo título catarinense profissional de 2022.

“Na final, o vento apertou e não deu muitas ondas, mas foi bem massa decidir o título com o Matheus. A gente se conhece há bastante tempo e nós dois tivemos chances de surfar e fazer boas notas, então vamos pra próxima”, disse Santiago Muniz. “De qualquer forma, estou muito feliz em estar competindo no Circuito Catarinense de novo. Parabéns aos patrocinadores, a FECASURF e todos os atletas estão muito felizes de competir aqui em Santa Catarina. Veio gente do Brasil todo, até da Argentina, Peru, Chile, então estão todos agradecidos por esta etapa e vamos em frente, porque foi só a primeira do ano né”.

Santiago Muniz irmão do integrante dos “Brazilians Storms” Alejo Muniz. Foto: Marcio David / Fecasurf

Na decisão feminina, também não entraram muitas ondas na bateria de 25 minutos de duração. A recém-coroada campeã catarinense profissional de 2021, Tainá Hinckel, começou na frente, só que a peruana Arena Rodriguez Vargas chegou a assumir a liderança nos minutos finais. Mas, ainda teve tempo da surfista da Guarda do Embaú surfar duas ondas boas, para aumentar suas notas e ganhar o Costão Pro. Com a vitória, ela larga na frente do ranking estadual de 2022 com 1.000 pontos.

Enquanto o título catarinense masculino só foi definido na grande final, o de primeira campeã catarinense profissional da história foi decidido nas semifinais. Isso porque a peruana Arena Rodriguez Vargas ganhou a primeira vaga para a final da cearense Juliana Santos e as duas últimas catarinenses se enfrentaram na segunda bateria, Tainá Hinckel e Laura Raupp.

Tainá Hinckel. Foto: Marcio David / Fecasurf

A mais experiente, Tainá Hinckel, de 18 anos e campeã sul-americana Pro Junior Sub-18 da WSL Latin America em 2016 e 2019, fez a sua melhor apresentação na Praia do Santinho. Aproveitou as ondas que surfou no início e dominou toda a bateria, com as notas 7,50 e 6,00 que recebeu. A jovem Laura Raupp, que com apenas 15 anos de idade foi campeã da primeira etapa do circuito mundial WSL Qualifying Series que disputou, em novembro do ano passado na Praia Mole, não conseguiu repetir as boas atuações das baterias anteriores.

Laurinha não fez uma boa escolha de ondas e acabou errando as manobras mais potentes que arriscou. Por outro lado, Tainá fez uma bateria perfeita, atacando muito forte tanto de frontside nas direitas do Santinho, como de backside com batidas verticais nas esquerdas. Ela ainda tirou uma nota 7,00 e uma 7,90 na última, para garantir o inédito título catarinense profissional de 2021, por uma larga vantagem de 15,40 a 9,60 pontos.

“Estou muito feliz em estar de volta aqui no Santinho, que é um lugar especial e amarradona por ter sido a primeira campeã catarinense profissional”, disse Tainá Hinckel. “Eu venho representando meu estado desde, sei lá, meus 6 anos de idade, então poder estar vencendo esse primeiro título profissional é muito importante pra mim. A Laura Raupp é uma menina da nova geração, como eu, que tá quebrando tudo e é isso, o surfe feminino catarinense está vindo muito forte e estou amarradona em ter feito essa bateria com ela”.

Tainá Hinckel também elogiou a iniciativa da FECASURF, em incluir a categoria feminina no Circuito Catarinense Profissional a partir deste ano: “Com certeza, a FECASURF fez um evento muito legal e é maravilhoso incluir as meninas também, que estão correndo atrás dos seus sonhos, principalmente as catarinenses por ter esse circuito aqui no nosso estado. Vieram várias surfistas de outros lugares também para competir, de outros estados e até de outros países, comprovando assim a importância dessa iniciativa da FECASURF”.

Laura Raupp terminou empatada em terceiro lugar no Costão Pro com a cearense Juliana Santos, derrotada pela peruana Arena Rodriguez Vargas na primeira semifinal. As duas vinham se destacando nas boas ondas do domingo na Praia do Santinho e Laurinha começa em segundo lugar no ranking catarinense profissional de 2022. No ano passado, ela venceu dois títulos estaduais amadores da FECASURF, nas categorias Sub-16 e Sub-18 e agora é vice-campeã profissional de 2021 também.

“Eu acabei não achando as ondas na bateria com a Tainá, mas estou superfeliz com o meu desempenho no campeonato”, disse Laura Raupp. “Agora é seguir treinando bastante e ir com tudo nos próximos eventos. Eu não consegui o título, mas vou continuar treinando para tentar um bom resultado no próximo campeonato”.

A Federação Catarinense de Surf ainda vai anunciar o local da segunda das cinco etapas do Circuito Catarinense Profissional de 2021. Acompanhe por aqui! Boas ondas.

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