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Todos os brasileiros classificados na quarta etapa do mundial da WSL

Seleção brasileira foi 100% classificada no Rip Curl Pro Bells Beach na Austrália. O potiguar Jadson André foi o único que teve que passar pela repescagem. Tatiana Weston-Webb estreia com uma das maiores notas desse começo de competição.

Samuel Pupo . Foto: Ed Sloane/World Surf League
A seleção brasileira da WSL que participa do Rip Curl Pro Bells Beach, está 100% classificada para a terceira fase desta quarta etapa do World Surf League Championship Tour 2022. Na terça-feira, aconteceram mais duas dobradinhas verde-amarelas vencedoras, do João Chianca com Caio Ibelli e de Deivid Silva com Miguel Pupo. O único que teve que passar pela repescagem foi Jadson André. Já Tatiana Weston-Webb, estreou com uma das maiores notas do dia. No segundo dia, a competição mudou para Winkipop, que fica mais à esquerda do pico principal, Bells Beach, pois as condições estavam melhores nas séries de 3-4 pés da terça-feira na gelada região de Victoria, no Sul da Austrália. É um pico também com longas direitas, porém com ondas mais rápidas, favorecendo ao surfe de alta performance. O dia já começou com uma dobradinha brasileira. João Chianca foi rápido em surfar duas ondas boas no início da bateria e venceu por 11,93 pontos. Caio Ibelli tirou a maior nota, 6,33, para passar em segundo lugar com 11,33, mandando o norte-americano Conner Coffin para a repescagem.
Filipe Toledo. Foto: Ed Sloane/World Surf League
Na segunda bateria do dia, Jadson André estava se classificando em segundo lugar até o último minuto, quando o australiano achou uma boa onda para manobrar forte e ganhar nota 7,33. Com ela, superou o brasileiro por 12,16 a 11,13 pontos no confronto vencido pelo americano Kolohe Andino com 12,93, somando uma nota 7,50 na melhor apresentação da bateria. Jadson depois passou pela repescagem, junto com o campeão da etapa passada em Portugal, Griffin Colapinto. Os dois eliminaram um dos convidados em Bells Beach, Tully Wylie

Mais dois brasileiros estrearam logo após Jadson ter ficado em último na bateria dele. E a terceira dobradinha verde-amarela foi sacramentada por Deivid Silva e Miguel Pupo, sobre o norte-americano Jake Marshall. A primeira aconteceu na segunda-feira, com Filipe Toledo e Samuel Pupo mandando a grande atração do Rip Curl Pro Bells Beach, Mick Fanning, para a repescagem. O resultado dessa última dobradinha foi apertado, com o DVD vencendo por 11,27 pontos, contra 10,90 do Miguel e 10,84 do americano.
Italo Ferreira. Foto: Ed Sloane/World Surf League
“Eu fiquei bem nervoso no final da bateria, mas deu tudo certo e estou feliz por avançar junto com o meu amigo, Miguel (Pupo)”, disse Deivid Silva“Eu sabia que ia ser difícil, porque o Jake (Marshall) é um ótimo surfista e começou a bateria muito bem. Foi tenso, pois só consegui pegar uma onda boa mesmo, quando faltavam 2 minutos pra terminar. Mas, acabou sendo a maior nota da bateria. As ondas estão boas aqui em Winkipop e gosto de competir nessa condição. Bora pra frente, porque quero superar o nono lugar que tive aqui em 2019”.

Deivid Silva é um dos brasileiros que estão abaixo da linha de corte na elite, que vai acontecer na quinta etapa deste ano, em Margaret River, na Austrália, depois do Rip Curl Pro Bells Beach.  Apenas os 22 primeiros colocados no ranking, seguirão competindo na segunda metade da temporada e já com vagas garantidas para o CT 2023. DVD divide a 27.a posição com Jadson André e ainda tem João Chianca em 23.o lugar, também tentando entrar no G-22.
Joao Chianca . Foto: Aaron Hughes/World Surf League
Por não terem participado de nenhuma etapa, o tricampeão mundial Gabriel Medina e Yago Dora, que se recupera de uma cirurgia no tornozelo, são mais dois brasileiros que podem ficar de fora da briga pelo título mundial deste ano e da elite do CT 2023. A grande surpresa da terça-feira em Bells Beach, foi a eliminação de Seth Moniz pelos australianos Morgan Cibilic e Mick Fanning. Com a derrota em 33.o lugar, o havaiano já perdeu para Caio Ibelli a vaga entre os top-5 que vão disputar o título mundial no Rip Curl WSL Finals.

Mas, para permanecer neste grupo, Caio terá que seguir avançando no Rip Curl Pro Bells Beach. Ele será o primeiro surfista da seleção brasileira a disputar classificação para as oitavas de final. Caio vai enfrentar o americano Nat Young na segunda bateria da terceira fase. Na quarta, tem o peruano Lucca Mesinas defendendo vaga no G-22 contra o australiano Ethan Ewing.
Mick Fanning . Foto: Ed Sloane/World Surf League
Na disputa seguinte, entra o atual vice-campeão mundial e vice-campeão da última etapa em Bells Beach, Filipe Toledo, número 4 no ranking do CT 2022, com o australiano Mikey Wright. Depois, tem João Chianca na sétima bateria, encarando o defensor do título do Rip Curl Pro Bells Beach e bicampeão mundial, John John Florence. E os outros cinco brasileiros estão na chave-de-baixo, que vai apontar o segundo finalista do evento.

Nessa, tem um duelo verde-amarelo na 11.a bateria, novamente entre Miguel Pupo e Deivid Silva, que estrearam fazendo uma dobradinha na terça-feira e agora se enfrentam em um confronto eliminatório. Jadson André entra na disputa seguinte com Kolohe Andino. Depois, tem Samuel Pupo contra outro norte-americano, Jake Marshall, na 11.a bateria e o campeão olímpico Italo Ferreira disputa a última vaga para as oitavas de final com o australiano Ryan Callinan.
Luana Silva. Foto: Aaron Hughes/World Surf League
Na categoria feminina, as dezesseis surfistas que se classificaram na terça-feira, já estão escaladas nas oitavas de final do Rip Curl Pro Bells Beach. A brasileira Tatiana Weston-Webb está na terceira bateria, com a mesma Bronte Macaulay que ela derrotou, junto com a também australiana Sally Fitzgibbons, em sua estreia na terça-feira. Tatiana já foi vice-campeã desta etapa em 2018 e vem de vitória na etapa passada, em Portugal. Com o título nas ondas de Supertubos, a atual vice-campeã mundial subiu para o quarto lugar no grupo das top-5 que vão disputar o Rip Curl WSL Finals.

Um dos pontos fortes da Tatiana é o seu backside agressivo, com batidas verticais e fortes rasgadas sempre abrindo grandes leques de água. Então, a mudança do evento na terça-feira para Winkipop, até a favoreceu. Ela achou uma boa direita no início da bateria, para mandar uma série de três manobras muito potentes, com uma mais explosiva na junção, para finalizar a onda que valeu nota 8,17. Com ela, derrotou as australianas por 14,10 pontos, contra 13,60 de Bronte Macaulay e 13,06 de Sally Fitzgibbons, que teve que passar pela repescagem.
Miguel Pupo. Foto: Aaron Hughes/World Surf League
“Eu acho que minha lesão em Sunset Beach, me deixou sem pressão para ter um bom resultado em Portugal e eu acabei ganhando lá. Então, estou tentando manter a mesma mentalidade aqui”, disse Tatiana Weston-Webb“As ondas estão bem divertidas hoje aqui em Winkipop e até surfei com uma prancha que não usaria em Bells, do mesmo modelo que usei na final em Portugal, só que uma nova. Sem dúvidas, é um sonho meu tocar o sino (do troféu da vitória em Bells), mas tem que ir devagarinho, bateria por bateria, sempre tentando surfar o melhor possível cada onda”.


     

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