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Pernambucana Monik Santos vence campeonato brasileiro profissional

O Mamala Surf Pro 2022 homologado pela Abrasp e pela Federação do Ceará, além de muitas atividades na praia cearense de Formosa, foi um show de surfe mostrando que elas estão ocupando seus lugares, seja na terra ou no mar.

Monik Santos (PE),.Foto: Divulgação

A Praia Formosa no Ceará recebeu, dos dias 13 e 17 de abril, a 1ª Etapa do Circuito Brasileiro Feminino de Surf Profissional, O Mamala Surf Pro 202. Foram 18 categorias em disputas onde o espírito de confraternização foi a tônica do evento mesmo com vinte cinco mil reais em jogo.

Atletas de várias partes do país durante os cinco dias participaram, além das competições, de ações variadas como:  Arte em Prancha, Aulão de Yoga, Limpeza da Praia, Palestras sobre Feminicídio, Lei Maria da Penha e Direitos da Mulher, a Importância da Diminuição dos Plásticos nos Oceanos, Roda de Conversa sobre o Empoderamento e Empreendedorismo Feminino, Luau. Foram dias de muita evolução não só esportiva, como também social e humana.

Mas, como as principais estrelas eram as atletas, elas foram as protagonistas do principal espetáculo com destaque para Monik Santos, a grande campeã da categoria Surf Profissional, levando para casa cinco mil, duzentos e cinquenta reais, deixando as anfitriãs cearenses Larissa dos Santos, Vitória Carneiro e Ariane Gomes na segunda, terceira e quarta colocações, respectivamente. Larissa dos Santos, que mostrou estar em grande fase e pronta para encarar mais um ano de grandes competições, finalizou a competição com o maior somatório entre todas as modalidades, 15,75.

Na categoria Open a surfista local da Praia da Iparana, Ariane Gomes, mostrou porque é a atual bicampeã estadual da categoria e não deu chances para as adversárias, conquistando o título..

“Estou muito feliz com esse resultado. Muitas meninas vieram de outros estados e isso faz o nível da competição subir muito. O campeonato está lindo, a estrutura está muito acolhedora e a vibe está lá no alto o tempo inteiro. Parabéns às organizadoras pelo comprometimento e dedicação. O evento está incrível!”, elogiou Ariane.

Ariane Gomes(CE). Foto: Divulgação

Na segunda colocação ficoua paraibana Nalanda Carvalho, com Mayra Oliveira e Letícia Cavalcante completando o pódio na terceira e quarta colocações, respectivamente.

Entre as Sub 18, a grande campeã foi a paraibana, Ana Luiza. Acostumada a frequentar os pódios cearenses, Aninha faturou mais uma competição mostrando que está em ótima fase. Na segunda colocação ficou a sensação do evento Gabriely Queiroz, que pode não ter conquistado o título da categoria, mas ganhou o coração do público. Com apenas 13 anos a mais nova revelação do surfe feminino cearense mostrou muita qualidade no seu surfe para superar atletas bem mais experientes. Com o resultado Gaby entra de vez no radar dos observadores de plantão e se consolida como uma das grandes revelações do evento. Na terceira e quarta colocação ficaram as paraibanas  Evely Kaline e  Nicolly Freire.

Gabriely ainda levou também o título na sua categoria original, a Sub 14, com Nicolly Freire da Paraíba terminando na segunda colocação deixando a cearense Rilary Silva e Anaelya de Lima na terceira e quarta colocações, respectivamente.

“Eu venho treinando há muito tempo. Apesar de ter perdido alguns campeonatos, consegui me recuperar e estou muito feliz, não só com o meu resultado, mas com toda a energia desse evento, que está muito top, com uma grande estrutura, organização impecável e muito afeto. Parabéns e muito obrigada às organizadoras”, declarou Gaby.

Gabrielly Queiroz(CE). Foto: Divulgação

Entre as fofuras da Sub 10 a grande campeão foiMariana Dantas, com Mariana Pinheiro em segundo, Jade Melissa em terceiro e Emilly Hadassa em quarto lugar, todas cearenses.

Já entre as mais experientes, as cearenses Renata Bittencourt  faturou a Master com Raphaela Bahia em segundo, Regina Ferreira em terceiro e Daniela Bomfim na quarta colocação.

Na categoria Surf Iniciante a grande campeã foi Lais Barata, com Mariana Dantas em segundo, Sarah Sousa em terceiro e Maria Luiza em quarto lugar.

Na Surf Intermediário Beatriz Maia faturou o troféu de campeã com Zizira Tavares, Karen Beatriz e Tahyane Braga em segundo, terceiro e quarto lugares, respectivamente.

Já na categoria Surf Avançado o lugar mais alto do pódio foi conquistado por Giulia Bianchi, com Ana Maria em segundo, Clara Bindá em terceiro e Hêmelly Praxedes na quarta colocação.

Entre as representantes das categorias mais clássicas de todas, a Longboard, destaque para a surfista do Paracuru, Mayra Oliveira, que faturou a Open, com a carioca Érica Prado em segundo, Bianca Cardoso em terceiro e Sol Tostes em quarto. Entre as Iniciantes Suzanne Santiago venceu com Isabella Von Haydin em segundo, Daniele Kedma na terceira colocação e Yasmin Djalo em quarto lugar.

Larrissa dos Santos(CE). Foto: Divulgação

Na SUP Wave Open o melhor resultado foi para a surfista local da Praia do Iguape Kilvia Cardoso, com Ana Carolina Barcellos em segundo e Maria Kesiane em terceiro.

Na modalidade Bodyboarding quem subiu no lugar mais alto do pódio entre as Profissionais foi a multicampeã Dalete Mousinho que mostrou toda a sua técnica e garra para superar grandes adversárias e sagrar-se campeã, faturando R$ 2.500. Na segunda colocação fico Liege Silva, com Bia Jesus na terceira colocação e Natália Silva completando o pódio na quarta colocação.Na Open o grande destaque ficou por conta da atuação de Iasmim Guedes, que surfou muito para superar as adversárias Graziela Monteiro, Samia Guedes e Cely Silva, segunda, terceira e quarta colocadas. E na categoria Bodyboarding Iniciante a grande campeão foi a atleta Luna Ferreira, com Tayane Sales e segundo, Samia Guedes em terceiro e Lilian Araújo na quarta colocação.

Na Casadinha, uma das categorias mais esperadas de todo o evento com disputas que ocorrem em duplas, com competidoras de categorias diferentes, pontuando as duas melhores notas de cada competidora, sem limites de onda, a dupla vencedora foi Mayra e Patrícia, com Hemilly e Iasmim na segunda colocação, Ana e Cely em terceiro e Ariane e Tayane na quarta colocação.

Na Surf Adaptado Cadeirante o ativista Emerson Martins, o Emercinho, foi o grande campeão, com Kelvin dos Santos em segundo e Kairo Rodrigues na terceira colocação.

Já na Surf Adaptado o destaque foi a atuação de Gilmário Guimarães, com Francisco das Chagas em segundo, Carlos Wesley em terceiro, Juan Yure em quarto e Rafael Saraiva em quinto lugar.

Zizira Tavares. Foto: Lima jr / Divulgação

Válido como Campeonato Brasileiro da Associação Brasileira de Surf Profissional (entidade que homologou a competição junto com a Federação de Surf do Estado do Ceará), o Mamala Surf Pro 2022 está sendo considerado a maior confraternização de diferentes modalidades de boardsports femininos já realizada em Fortaleza, já que contou com Bodyboarding, Longboard e SUP Wave, Surfe Adaptado e Surfe, sendo exclusivo para mulheres, com exceção apenas das categorias do Surfe Adaptado, que não possuiu restrição de gênero.  

Segundo uma das organizadoras do evento, Joana Meireles, o MAMALA Surf Pro foi um evento pensado no empoderamento e no crescimento do surfe feminino no Ceará, no Nordeste e no Brasil: “Nós estamos com aquele sentimento de dever cumprido, sabe? A grande adesão das atletas, as vivências, os feedbacks, tudo foi perfeito. Claro que, como tudo na vida, alguém tem de arregaçar as mangas e fazer as coisas acontecerem. Mas, nada disso seria possível sem o apoio de toda a comunidade do surfe feminino, inclusive com a presença de nomes de peso no cenário nacional do surfe feminino como a jornalista Erica Prado na locução e Carla Circenis na arbitragem. Enfim, estamos muito orgulhosas de conseguir juntar tanta gente boa em prol de um mesmo objetivo, que é o crescimento do surfe feminino brasileiro. O evento pode ter terminado, mas temos a consciência que nosso trabalho está apenas começando”, declarou Joana.

Para Tayane, outra organizadora, o grande sucesso desse evento está na união de diferentes segmentos da sociedade e do mercado do surfe em prol de um mesmo objetivo:

 “O MAMALA Surf Pro foi muito mais que um campeonato. Representou um ponto de união entre Poder Público, Iniciativa Privada, Sociedade Civil Organizada, atletas, e muito mais. Nunca conseguiríamos fazer tudo isso sozinhas. Essa rede de apoio que se formou em torno desse evento, comprometida a fazer o que fosse preciso para que tudo desse certo, é o verdadeiro sucesso. É a prova de que a união faz a força e principalmente, de que não estamos sozinhas. Ninguém sabe, mas houve uma verdadeira força tarefa entre os Poderes Públicos Municipal e Estadual para que o evento tivesse uma estrutura digna de um grande campeonato.”

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