O II Pipa Long Surf Festival marcou o retorno dos grandes eventos dos pranchões à instagramável Baía do Madeiro, na Pipa, Rio Grande do Norte. Durante 4 dias, de 05 à 08/05, os principais nomes do longboard brasileiro estiveram reunidos em uma verdadeira confraternização de várias gerações, promovendo o intercâmbio esportivo e cultural entre os competidores em uma celebrando da vida e do incrível prazer de caminhar sobre as ondas.
Além das disputas na água, o evento reuniu a comunidade dos pranchões da América Latina em uma verdadeira confraternização, com uma extensa e variada programação cultural com aulões, palestras, ações ecológicas, exposições fotográficas, mostra de vídeos e muito mais. O ponto alto dentre as atividades culturais do evento foi o Ritual das Águas Auêra-Auára, ainda no primeiro dia de competição. A cerimônia tradicional em todos os Festivais de Longboards organizados pelo Legend cearense Marcelo Bibita, reuniu todos os envolvidos no evento, desde atletas e staff, até simpatizantes, familiares, torcida e mesmo banhistas que se encontravam na praia, em um convite ao cuidado e à preservação de todas as águas do planeta, sejam elas dos rios, mares, oceanos, lagos, lagoas etc. Na ocasião, Bibita leu o Manifesto das Águas e conclamou a todos a atuarem ativamente nesse propósito:
“Com toda certeza, o Ritual das Águas é uma das partes mais importante de todo e qualquer evento organizado por mim. É ali que todos nos comprometemos com o cuidado e a preservação, não somente do lugar onde nós estamos, mas também de todo o planeta. E o Ritual é justamente para lembrar desse compromisso e espalhar essa missão. Se você vai à praia e ao sair, leva algum item que não deveria estar no mar, ou até mesmo na areia, você colaborou ativamente para deixar aquele local ainda mais belo apenas pelo fato de ter passado por ali. Essa é a filosofia. E sensibilizar o maior número possível de pessoas, a nossa missão”, explicou Bibita.
O Festival revelou mais um grande nome para o longboard nacional, a paulista Luana Soares, com apenas 17 anos e dois de prática do esporte, conquistou o título mais importante do evento entre as mulheres, a categoria ALAS Pro Feminino, esbanjando talento a surfista não somente surpreendeu, como também impressionou os observadores de plantão com uma performance digna de uma grande competidora. Luana venceu todas as baterias que disputou com direito ao recorde de todo o evento entre homens e mulheres: 9,75. Além disso, a atleta liderou a Grande Final do início ao fim para delírio de quem estava na areia, sem dar chance de reação às adversárias.
“O evento foi incrível! Alucinante mesmo! A organização está de parabéns… Competir com atletas que ao mesmo tempo são ídolos para mim foi uma grande honra e alegria… Eu venho treinando muito e espero continuar evoluindo para quem sabe, um dia representar o Brasil em competições internacionais”, declarou a campeã. Com a performance apresentada por Luana ninguém é capaz de duvidar que, muito em breve, ela conquistará seu espaço entre as melhores longboarders do planeta.
Na segunda colocação ficou a surfista potiguar, Marina Carbonel, que também apresentou um surfe de alto nível. Em terceiro ficou a paulista Monique Pontes, com a cearense Flora Arruda completando o pódio na quarta colocação.
Nos homens da ALAS Pro, o grande destaque ficou por conta da boa atuação do surfista local da Praia de Jericoacoara, Antônio Victor, que mostrou todo o seu talento lapidado nas extensas ondas de Jeri, para superar os grandes nomes presentes na mais importante bateria da categoria, a Grande Final. A bateria foi apontada como a mais eletrizante da competição, com os competidores alternando-se na primeira colocação a cada minuto. Foi um show de performance mostrando um nível igual aos dos melhores longboarders do mundo. Com o resultado, Vitinho recuperou a liderança do Latino-Americano e garantiu vaga para a grande decisão que acontecerá no meio do ano em Makaha, localizada na Ilha de Oahu, no Havaí. Em segundo ficou o pernambucano Reginaldo Nascimento, que apesar de ter surfado muito, não conseguiu superar o cearense. Completando o pódio tivemos o paulista Jefson Silva e Carlos Bahia, respectivamente, terceiro e quarto colocados.
Entre os amadores o destaque da principal categoria, a Open, ficou por conta da dobradinha cearense com Flora Arruda e João Pedro conquistando o lugar mais alto do pódio entre homens e mulheres. Completando o pódio Feminino tivemos a carioca Rayanne Amaral na segunda colocação, Monique Pontes de São Paulo na terceira colocação e a pernambucana Eva Marla em quarto lugar. Entre os homens em segundo ficou o potiguar Gabriel Shallon, com o paulista Jonas Santos na terceira colocação e o baiano Darlan Almeida em quarto.
Os surfistas mais experientes, acima de 50 anos de idade, tiveram como grande campeão o Legend Jhonson Jaques. Profundo conhecedor das ondas da Praia do Madeiro, o paraibano lançou mão de toda a sua experiência e conhecimento do pico para superar seus adversários, deixando Marcelo Bibita em segundo, Chicó Moura do Rio Grande do Norte em terceiro e o cearense Adriano Viana na quarta colocação.
Pelos veteranos da 35+ o título ficou em casa com a vitória de Jean Carlos em uma bateria dominada por potiguares, com Gabriel Aguirre, em segundo e Rafa Rasta na terceira colocação. O argentino Léo Juarez foi o único do pódio que não era do Rio Grande do Norte e terminou na quarta colocação.
Os Iniciantes, na Masculino o campeão foi Adriano Júnior, com o potiguar Lucas Tavares em segundo, o cearense Rodrigo Jesus em terceiro e Matheus Fontes na quarta colocação. Na Feminino a campeã foi a paulista Katellyn Alves, com o potiguar Manuella Brasil na segunda colocação, Vanessa Gusmão em terceiro e Monique Dergham.
Na categoria Escolas, dedicada aos instrutores que diariamente iniciam muitas pessoas na fantástica arte de caminhar sobre as águas, o grande campeão foi Gil, com Chôda em segundo, Medina em terceiro e Léo na quarta colocação.
Segundo o organizador do evento, Marcelo Bibita, trazer uma etapa de um circuito internacional para a Praia da Pipa é uma maneira de impulsionar o intercâmbio esportivo e cultural no Nordeste e no Brasil, no momento mais importante e promissor da história do surfe:
“O ALAS/HPFC é um evento que, como o próprio nome diz, valoriza a high performance e ainda coloca Brasil e Hawaii na mesma plataforma de competição. O surfe já é um esporte Olímpico e nossa luta agora é pra colocar a modalidade Longboard no Programa Oficial das Olimpíadas. E só conseguiremos isso unindo toda a comunidade internacional dos pranchões em torno desse mesmo objetivo. E é isso que estamos buscando fazer aqui na América Latina”, declarou Bibita.
É importante salientar que Circuito Latino-Americano de Longboard Profissional da ALAS/HPFC celebra a parceria entre a Associação Latino-Americana de Surf e o High Performance Freestyle Championship e busca promover o crescimento e desenvolvimento da modalidade Longboard Surf através do fomento de eventos que incentivam e valorizam a performance dos atletas.
RESULTADO
ALAS PRO FEM
1ª Luana Soares-SP
2ª Marina Carbonel-RN
3ª Monique Pontes-SP
4ª Flora Arruda-CE
ALAS MASC PRO
1º Antônio Victor-CE
2º Reginaldo Nascimento-PE
3º Jefson Silva-SP
4º Carlos Bahia-SP
OPEN MASC
1º João Pedro-CE
2º Gabriel Shallon-RN
3º Jonas Santos-SP
4º Darlan Almeida-BA
OPEN FEM
1ª Flora Arruda-CE
2ª Rayanne Amaral-RJ
3ª Monique Pontes-SP
4ª Eva Marla-PE
50+
1º Jhonson Jaques-PB
2º Marcelo Bibita-CE
3º Chicó Moura-RN
4º Adriano Viana-CE
35+ Masculino
1º Jean Carlos-RN
2º Gabriel Aguirre-RN
3º Rafa Rasta-RN
4º Léo Juarez-ARG
INICIANTE MASC
1º Adriano Júnior
2º Lucas Tavares-RN
3º Rodrigo Jesus-CE
4º Matheus Fontes
INICIANTE FEM
1ª Katellyn Alves-SP
2ª Manuella Brasil-RN
3ª Vanessa Gusmão-PB
4ª Monique Dergham-RN
ESCOLAS
1º Gil
2º Chôda
3º Medina
4º Leo
