A “indonésia” pernambucana começou a quebrar e durante a melhor semana de ondas desse ano foi disputada a segunda etapa do Circuito, o Cyclone Pernambucano de Surfe 2023 na praia do Cupe, vala do Borete, o mesmo local onde foi realizada a primeira. Só que esta vez havia os profissionais na disputa. Estavam quase todos lá somados a vários amadores que estrearam na categoria principal para pegarem experiencia, um verdadeiro treino de luxo no “quintal de casa” com altas ondas.
A sexta-feira, 30/06, “amanheceu com tempestade e ventania ameaçando a realização do campeonato, no decorrer da manhã a chuva foi embora, deixando um brisazinha leve em vez daquele vento forte que estava durante a madrugada inteira, deixando o mar com boas ondas de nível Internacional”, com essa descrição dada pelo diretor da Federação Pernambucana de Surfe, Luizito Almeida
Com essas condições, durante todo o dia, os 24 competidores da categoria profissional enfrentaram-se até sobrar os melhores do dia nas semifinais. Cauã Nunes, Luan Ferreyra, Junior Lagosta e Luel Felipe foram os melhores, dois grandes expoentes da nova geração enfrentaram dois experientes e excelentes competidores, quatros exímios voadores deixaram a espera pelo sábado cheia de expectativa.
No sábado: Cauã Nunes x Luan Ferreyra fizeram uma bateria equilibrada onde a diferença da vitória de Luan 1,80 pts. Já Junior Lagosta x Luel Felipe, dois experientes competidores e excelentes surfistas que dessa vez Lagosta venceu pela diferença de 5,10. A mais importante bateria do evento foi ao mar com Luan Ferreyra enfrentando uma de suas referências no esporte. A verdadeira disputa do mestre x discípulo. Diz a máxima que o discípulo está pronto quando vence o mestre. Pois bem, Luel Ferreyra está pronto! Venceu a Profissional e ainda a Sub18. “O campeonato foi animal, teve altas ondas, graças a Deus consegui soltar meu surfe, ele me mandou as ondas. É Deus na frente sempre! Agradeceu o Campeão Profissional.
“É bom para poder competir em casa no pernambucano. Foi um bom aquecimento porque estou indo para o Dream Tour agora em Garopaba. Passei três semanas de molho sem surfar depois do evento de Baía Formosa e estou me preparando para poder estar 100% nos próximos eventos “, disse Luel Felipe que participa com destaque dos eventos da CBSurf.
Cauã Nunes, que quase não conseguia chegar ao evento por causa da queda de uma árvore na estrada na saída de Itapuama, onde ele é local, começa com a terceira colocação no ranking pernambucano, ele falou da alegria de competir com suas referências do estado: É sempre bom competir novamente no pernambucano onde participo desde criança. Tem uma história o evento, me fez evoluir, fiz boas amizades. Quero representar Pernambuco. Está competindo na categoria Pro com os caras cascas que são referência para mim é muito irado, eu me sinto bem. Estou feliz porque a Federação incluiu a categoria profissional e deram uma boa premiação (10 mil). Temos pouco patrocínios aqui no nosso estado, dependo dessas premiações. O pernambucano para mim é uma solução.
Outros dois surfistas também se destacaram por vencerem duas categorias. Foram eles: o conhecido da torcida local que defende vários títulos pernambucanos em diferentes categorias o potiguar Júnior Rocha, que surfa com as pranchas pernambucanas da Real Magia, vencendo a Master onde ele é o atual campeão brasileiro e a Grand Master e o paraibano Otavio Lima que venceu a Kahuna e a Grand Kahuna.
“O campeonato foi irado, corri várias baterias e só perdi uma. Altas ondas com tubos durante a bateria (foto) corri três finais e lidero três categorias do circuito pernambucano: Master, Grand Master e Kahuna. Vamos com tudo buscar os títulos de campeão pernambucano”. Festejou o local de Tabatinga-RN, Junior Rocha.
Foram 13 categorias em disputa onde a liderança do ranking pernambucano estava em jogo. Entre os Legends o muitas vezes campeão Cláudio Marroquim ganhou mais uma. Competidor experiente e campeão brasileiro, ele avaliou assim o evento: “Foi muito boa a implantação do sistema de prioridade com luzes de LED no palanque, transmissão ao vivo com replay para os juízes oferecendo uma melhor condição de competição para os atletas”.
Pelos mais novos da Sub 12 Davi Luca foi o campeão deixando o cearense Kellyson Carneiro em segundo. Na Sub 14 feminino Alessia do Carmo venceu. Ela também fez a final da Open, vencida pela Nathalia Barrote, ficando na terceira colocação. Entre os garotos até 14 anos José Alvinar venceu. Enrique Neves foi o vencedor da Sub 16 e pelos adaptados, nosso campeão mundial Roberto Pino, detonou mais uma vez e venceu dividindo a bateria com seu filho Otavio. Os dois, juntos em uma bateria é sempre uma demonstração de amor ao surfe e de que o Nanismo não exclui e que o surfe é para todos. Parabéns a Fepesurf pelo incentivo dessa categoria.
Foi isso…Até a próxima!