O Corona Open J-Bay , nona etapa do Championship Tour da World Surf League, retomado hoje em condições clássicas de Supertubes com direitas perfeitas com ondas medindo cerca de um metro e oitenta no famoso point break sul-africano. O evento completou um dia extenso de competição para aproveitar as condições perfeitas começando com as duas baterias restantes da rodada de abertura feminina, as rodadas de eliminação masculina e feminina, bem como as oitavas de final masculinas, ficando as quartas de final para a próxima chamada do evento. |
O atual Campeão do Mundo Filipe Toledo fez um impressionante total de 17,56 na sua bateria das oitavas de final para vencer o estreante no Circuito Rio Waida, da Indonésia. Com um quinto lugar, Toledo garantiu oficialmente sua vaga no WSL Final 5 por uma oportunidade de defender seu título mundial no Rip Curl WSL Finals nas ondas de Trestles em setembro. “Estava esperando por essa notícia”, disse Toledo. “Todo o trabalho árduo, todos os sacrifícios, horas de viagem, todos aqueles aviões e todo o dinheiro gasto tornam isso ainda mais especial. Estou muito feliz, vindo de lesão no Rio, ainda estou com todas as fitas no joelho tentando segurar para garantir o resultado aqui. Eu sabia que estava perto de conquistá-lo, mas estava tentando controlar esses sentimentos e me sinto super abençoado.” |
O italiano Leonardo Fioravanti se classificou provisoriamente pelo CT para representar seu país nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. O nono lugar de Fioravanti no Corona Open J-Bay garante que ele será um dos surfistas a se classificar provisoriamente pela WSL. O jovem de 25 anos, atualmente é o nono colocado no ranking mundial, representará seu país nas Olimpíadas pela segunda vez. Ele competiu nas Olimpíadas de Tóquio em 2020 como substituto do lesionado de Jordy Smith da Africa do Sul. “Ser atleta olímpico é a realização de um sonho”, reagiu Fioravanti. “É um sonho ter outra chance de representar meu país nas próximas Olimpíadas e espero poder trazer uma medalha para casa. A Federação Italiana tem me apoiado muito, eles acreditam muito nesse projeto. Temos Adriano de Souza como meu treinador e tem sido uma grande ajuda para mim e realmente me fez aprender muito sobre mim mesmo para me tornar um competidor melhor. Ir para as próximas Olimpíadas não é apenas um sonho meu, também estou representando um país inteiro, uma nação inteira que me apoia e espero poder deixá-los orgulhosos”. |
A cinco vezes campeã mundial Carissa Moore, do Havaí, enfrentou uma batalha desafiadora da Rodada Eliminatória contra a francesa Johanne Defay e saiu triunfante apesar das circunstâncias complicadas. Depois de uma boa largada, a havaiana caiu em uma onda e quebrou a prancha, sendo obrigada a nadar por cima das pedras antes de subir correndo até o ponto onde uma nova prancha lhe aguardavam.Moore não perdeu tempo e logo encontrou uma onda que lhe rendeu uma nota excelente: 8,50 (de 10 possíveis) para assumir a liderança. Com outra onda espetacular, ela não deu chances para Defay . “Na verdade, estou grata por ter acontecido comigo novamente, minha equipe e eu estávamos mais bem preparados do que no ano passado”, explicou Moore. “Isso faz com que você se concentre exatamente no que precisa fazer, e pude conversar com meus treinadores durante a corrida. Eles explicaram o que eu precisava fazer e comecei a procurar ondas diferentes, mais perto do “reef” |
Australiana Stephanie Gilmore derrotou a brasileira Tatiana Weston-Webb. As duas surfistas estavam empatadas em 6º lugar no ranking, fora do corte das 5 finalistas ao título da WSL. Apesar da nota de maior pontuação da brasileira, 8.00, a técnica de Gilmore nas longas direitas construíram um total de 14,37 (de 20 possíveis). “Há muita água se movendo, mas é simplesmente perfeito, bombando J-Bay”, disse Gilmore. “É para isso que viemos aqui, esperamos muito tempo, mas chegou e está lindo lá fora. Na bateria anterior estava bom, então ajustei meu equipamento e peguei uma prancha um pouco mais longa com quilhas grandes. Foi uma bateria crucial com todos nós sentados na mesma zona. É uma onda tão fantástica que os sentimentos que você sente quando surfa lá são bem difíceis de descrever.” Sua compatriota Molly Picklum e a americana veterana do “tour” Lakey Peterson conquistaram as duas vagas restantes nas quartas de final do evento. No início do dia, a americana Caroline Marks encontrou as seções mais críticas dos Supertubes para fazer um 9,63 quase perfeito e se anunciar como favorita ao título dessa etapa. |
Os campeões mundiais John John Florence do Havaí e Filipe Toledo deram um show. Competindo em baterias diferentes mas simultâneas. Ambos os surfistas encontraram ondas quase perfeita 9,63 para Toledo e 9,23 para Florence. No entanto, enquanto Toledo conseguiu avançar, Florence foi eliminada nos momentos finais pelo australiano Connor O’Leary virando no último segundo na última onda. Connor já estava no banho quando soube do resultado. Com pontuações excelentes avançou para as quartas de final pela quinta vez neste ano. O’Leary enfrentará outro grande obstáculo ao enfrentar seu conterraneo Ethan Ewing quando o evento recomeçar. “Eu dei tudo o que pude e foi uma onda complicada”, disse O’Leary sobre sua última tentativa de virar a onda. “Eu fui forte na última curva e me senti muito bem, mas você nunca tem certeza. No geral, foi uma boa bateria, então fiquei feliz com a forma como correu de qualquer maneira. Estou com a cabeça muito boa no momento, estou exatamente onde preciso estar e ainda tentando me divertir.” |
Um dos três novatos a passar pelo o corte no meio da temporada, o havaiano, nascido no Brasil, Ian Gentil parece ter encontrado seu ritmo na segunda metade da temporada. Cresceu surfando Honolua Bay, em Maui no Havaí, o estilo e a abordagem de Gentil realmente se encaixam no ritmo das ondas de J-Bay. Ele derrotou o ex-campeão mundial Ítalo Ferreira (BRA) na Rodada Eliminatória e depois despachou o atual nº 2 do ranking mundial, o americano Griffin Colapinto para chegar às quartas de final. “Estou apenas tentando surfar o máximo que posso em J-Bay”, disse Gentil. “Provavelmente peguei ondas que não deveria ter pegado, mas não pude evitar. Estou tentando resolver todas as pequenas coisas antes de uma bateria para garantir que o melhor saia nesses trinta minutos. Isso leva um pouco de tempo e estou feliz por melhorar um pouco a cada evento e a cada bateria. ” |
Enquanto o dia foi cheio de emoção e brilho no lineup, de decepção esfriou a multidão quando os três surfistas sul-africanos foram mandados embora. O wildcard do evento Adin Masencamp foi eliminado pelo vencedor do evento passado Ethan Ewing. Matthew McGillivray, local de J-Bay, lutou com unhas e dentes por uma vaga nas oitavas de final contra o havaiano Barron Mamiya , mas perdeu por apenas 0,11. Duas vezes vencedor do evento, o sul-afriacano Jordy Smith avançou em sua eliminatória com uma brilhante exibição em uma onda que ele conhece melhor do que a maioria, mas não conseguiu manter o ritmo contra Ewing. Sarah Baum será a última atleta sul-africana no dia da final, quando enfrentará Carissa Moore nas quartas de final. |
Quartas de final do Corona Open J-Bay Feminino: BAT 1: Tyler Wright (AUS) vs. Gabriela Bryan (HAW) BAT 2: Caroline Marks (EUA) vs. Lakey Peterson (EUA) BAT 3: Carissa Moore (HAW) vs. Sarah Baum (RSA) BAT 4: Molly Picklum (AUS) vs. Stephanie Gilmore (AUS) Quartas de final do Corona Open J-Bay Masculino: BAT 1: Ian Gentil (HAW) vs. Gabriel Medina (BRA) BAT 2: Ethan Ewing (AUS) vs. Connor O’Leary (AUS) BAT 3: Filipe Toledo (BRA) vs. Jack Robinson (AUS) BAT 4: Kanoa Igarashi (JPN) vs. Yago Dora (BRA) |