Sem brasileiros entre os oito finalistas em Pipeline Seleção brasileira sai da briga pelo título masculino do Lexus Pipe Pro no Havaí. Yago Dora foi o único a vencer uma bateria na terça-feira,06/02, depois perdeu nas oitavas de final e ficou em nono lugar. Havaianos são maioria nas quartas de final com 4 surfistas. A competição feminina começou nesta quarta-feira,Tati Weston-Webb e Luana Silva, as representantes brazucas estão na repescagem. |
Depois de cinco dias aguardando por boas ondas em Pipeline, o Lexus Pipe Pro apresentado por YETI retornou na terça-feira, 06/02, e definiu as primeiras quartas de final da temporada 2024 do World Surf League (WSL) Championship Tour (CT) no Havaí. Surpreendentemente, pela primeira vez desde 2016, não tem nenhum brasileiro entre os oito finalistas. A maioria dos concorrentes ao primeiro título do ano é do Havaí, com quatro surfistas e John John Florence sendo o destaque do dia. Nesta quarta-feira começou a competição feminina. A brasileira Luana Silva competiu na primeira bateria e Tatiana Weston-Webb estreiou na quinta e penúltima da rodada inicial feminina ambas não conseguiram passar de fase e estão na rodada de eliminação. Nas quartas de final masculina, o australiano vice-campeão mundial em 2023, Ethan Ewing, enfrenta o japonês Connor O`Leary na primeira bateria. A segunda será entre o sul-africano Jordy Smith e Barron Mamiya, do Havaí. A terceira é 100% havaiana, com Ian Gentil e Imaikalani deVault. E John John Florence entra na última com o italiano Leonardo Fioravanti, vice-campeão em Pipeline no ano passado. Após vários dias de chuva e vento maral, a terça-feira amanheceu com boas condições especialmente nas direitas do Backdoor, para retomar a competição iniciada na quarta-feira da semana passada. Para recuperar o tempo, foi utilizado o sistema “overlapping heats”, com duas baterias sendo disputadas simultaneamente. Com isso, foi possível realizar os 16 duelos da terceira fase e as oitavas de final. Mas, o dia já não começou bem para o Brasil, com Samuel Pupo quebrando sua prancha na primeira onda que tentou surfar. |
Samuca até conseguiu pegar alguns tubos depois, mas foi eliminado por 12,17 a 11,83 pontos pelo australiano Liam O´Brien. O segundo a competir foi Italo Ferreira, que arrancou a primeira nota excelente do dia, num tubaço espetacular no Backdoor. O 8,87 que recebeu foi a maior nota da sua carreira em Pipeline. Só que o máximo que conseguiu para somar depois, foi 3,17. E no último minuto, o sul-africano Jordy Smith achou um bom tubo para ganhar nota 7,00 e vencer por 13,67 a 12,04 pontos. Italo Ferreira conquistou a última vitória brasileira na etapa de Pipeline em 2019, quando ganhou o título mundial decidido na final verde-amarela com Gabriel Medina. Depois dessas duas derrotas, Yago Dora salvou a pátria despachando o australiano Jacob Willcox por 14,10 a 12,20 pontos. A única vitória brasileira na terceira fase, veio também nos minutos finais, quando o catarinense achou um belo tubo no Backdoor que valeu nota 7,83. Depois, Yago não conseguiu achar nada para surfar nas oitavas de final contra o havaiano Barron Mamiya, que levou a melhor por um baixo placar de 9,50 a 1,74 pontos. Yago Dora repetiu o nono lugar em Pipeline do ano passado, quando perdeu para Filipe Toledo também nas oitavas de final. |
A série de derrotas verde-amarelas na terceira fase, recomeçou com o tricampeão mundial Gabriel Medina também não conseguindo achar boas ondas no duelo contra um dos novatos na elite deste ano. Ele até botou para dentro dos tubos, tanto em Pipeline como no Backdoor, mas eles acabaram fechando a porta de saída. O norte-americano Crosby Colapinto só surfou sua primeira onda quando restavam 12 minutos e foi um tubaço que valeu 8,33. Essa foi a única que ele pegou, mas foi suficiente para derrotar Gabriel Medina por 8,86 a 2,73 pontos. Na disputa seguinte, Miguel Pupo perdeu por pouco para o havaiano Imaikalani deVault, 10,46 a 10,10 pontos. E o último brasileiro a competir foi Deivid Silva, que não teve qualquer chance contra o bicampeão mundial John John Florence. O havaiano já começou pegando um tubo incrível, que arrancou a maior nota do campeonato até ali, 9,17. Ele ainda surfou outro que ganhou 8,17, para registrar um novo recorde de 17,34 pontos no Lexus Pipe Pro. |
A última vez que somente um surfista da seleção brasileira passou pela terceira fase no CT, foi na última etapa de 2016 nas mesmas ondas de Pipeline. O único a se classificar naquele ano, tinha sido o hoje bicampeão mundial Filipe Toledo e foi vencendo um duelo verde-amarelo com Wiggolly Dantas. Assim como Yago Dora agora, Filipe também terminou em nono lugar, perdendo para o taitiano Michel Bourez, que depois foi campeão do Pipe Masters de 2016. A seleção brasileira da WSL agora já se prepara para o segundo desafio do World Surf League Championship Tour 2024. que começa no dia 12 de fevereiro no Havaí. Filipe Toledo não conseguiu competir em Pipeline devido à uma intoxicação alimentar, mas vai defender o título no Hurley Pro Sunset Beach, conquistado na final com o norte-americano Griffin Colapinto no ano passado. Os brasileiros dominaram esta etapa em 2023, com seis surfistas passando para as oitavas de final e três para as quartas de final. Na terceira fase, aconteceram dois duelos verde-amarelos, outros dois nas oitavas e mais dois nas fases decisivas. Para chegar na decisão do título, Filipe Toledo ganhou de Caio Ibelli nas quartas de final e do João Chianca nas semifinais. Chumbinho já havia vencido Yago Dora na terceira fase e Italo Ferreira nas oitavas, ficando em terceiro lugar. Infelizmente, ele está desfalcando a seleção brasileira nestas primeiras etapas do CT 2024 no Havaí. |