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Silvana Lima estreia com vitória em casa

aça Brasil de Surf Profissional. Nessa quarta-feira, 20/03, foi encerrada a terceira fase masculina e começou a categoria feminina. Alan Jhones do Rio Grande do Norte fez a maior média do dia, 339 atletas se inscreveram nessa etapa que inaugura o novo formato da competição, com o status 10.000.

Silvana Lima feliz como anfitriã de Paracuru. Foto: Lma Jr/CBSurf

Com ondas de meio metro na série, o terceiro dia de competição começou com a quinta bateria da Fase 3 masculina. Os atletas tiveram de lançar mão de todo seu repertório e estratégias para seguir firme na competição. Destaque para a dupla de Baía Formosa Alan Jhones e Gabriel Bruno, que tem aproveitado a similaridade das ondas do quintal de suas casas com as do Ronco do Mar para computar algumas das melhores médias e somatórios do dia, com Alan fazendo o maior combo de notas de hoje, 13,93 pontos. O segundo maior somatório foi o do cearense radicado no Rio de Janeiro, Guilherme Lemos. com a média 13,83.

Alan Jhones surfa como se estivese em Baía Formosa. Foto: Lma Jr/CBSurf

Os surfistas locais continuaram fazendo boas apresentações com Lucas Bezerra pontuando a maior nota do dia entre todos os 80 competidores do masculino que competiram no dia de hoje, 7,83. Em sua apresentação, ele, que estreia esse ano no Dream Tour, demonstrou estar motivado, confiante e bem à vontade na competição!

Quem também aproveitou o conhecimento local para imprimir seu bom surfe e avançar vencendo a bateria foi outro cearense, o Bicampeão Brasileiro Profissional, Messias Félix. Com uma boa onda em que ele somou 7,60 “O Messi do Surfe” provou mais uma vez porque é um dos favoritos ao título da etapa.

Mas, não foram apenas os surfistas locais que se destacaram no dia de hoje. Matheus Navarro também mostrou que tem muitas cartas na manga e foi mais um dos poucos que conseguiram romper a barreira dos sete pontos de média, assinalando um 7,67.

Shofia Gonçalves ate onda para esquerda pegou. Foto: Lma Jr/CBSurf

Na primeira bateria feminina da Taça brasil 2024 tivemos uma situação inusitada com Sophia Gonçalves (SP) surfando a primeira onda para a esquerda em todos os sete dias de Festival já realizados. Em entrevista após a bateria ela comentou como foi seu primeiro dia e explicou como foi surfar uma onda pra esquerda em um point break de direitas:

“Primeiramente eu tenho que agradecer a oportunidade de estar aqui, construindo o meu sonho… Agradecer minha família que faz parte disso, meus amigos, meu namorado, estou muito feliz. É o meu segundo campeonato do ano e pra mim uma boa performance é muito importante, não é só o resultado.Tem que ser ligeira nessa onda. Tem que ficar esperta, porque é um mar que te dá poucas oportunidades e todas as oportunidades que ela te dá você tem que abraçar com todas as suas forças possíveis e impossíveis… Eu achei que ia estar mais difícil, mas graças a Deus eu consegui me conectar e achar as melhores ondas…” Sobre a primeira onda para a esquerda surfada no Pena Paracuru Surf Festival, a atleta explicou:

“Foi a minha primeira esquerda no Paracuru e é a minha segunda vez aqui. Eu já fiquei aqui quase um mês e não peguei uma única esquerda. Então foi surpreendente porque eu visei a direita, achei que ia ser muito boa, aí eu pensei ‘nossa, vai ser esquerda!’. E aí graças a Deus a gente surfa bem para os dois lados, treinamos para os dois lados, e acabou que consegui fazer uma notinha boa ali pra classificar”, comentou a atleta.

Maria Autuori. Foto: Lma Jr/CBSurf

Quem também avançou em primeiro sua bateria foi Jéssica Bianca. Em entrevista a paranaense explicou um pouco de como se preparou para a competição e comentou a importância da equipe multidisciplinar que acompanha sua preparação:

“É muito bom começar o ano bem. Esse é o meu primeiro evento e avançar passando a bateria em primeiro é incrível!… Ano passado foi um ano bem difícil, eu estava voltando de lesão, inclusive foi aqui que eu me machuquei, e não tive bons resultados… Esse ano eu estou muito confiante. Eu sabia que ia começar o ano bem, mas ainda não foi a bateria que eu queria ter feito… Estou feliz, dei um passo, já fiz as coisas acontecerem diferentes, e tenho certeza de que vai ser um ano irado! Estou muito feliz em estar aqui de novo, gosto muito desse lugar, das pessoas, comida boa, dessa ondinha maravilhosa, que mesmo ruim, é bom… Estou amarradona”, declarou Jéssica.

As mulheres realmente entraram decididas a marcar sua estreia. Gabriely Vasques (PR) avançou em primeiro mesmo com uma interferência cometida bem no início da bateria:”Incríve! Foi aqui que consegui a vaga para o Dream Tour ano passado e por isso tenho lembranças muito positivas. O Ronco do Mar é uma onda muito boa, parecida com meu pico, e por isso me sinto tão bem aqui. “, falou a surfista.

Mas, nenhuma bateria foi tão esperada no dia de hoje quanto a da estreia da surfista local, Silvana Lima. Na penúltima bateria do dia ela dominou as ações do início ao fim para confirmar que continua sendo a favorita na praia onde pegou as primeiras ondas de sua vida:

“Essa onda é muito perfeita! Se a prancha estiver boa o surfista vai fazer a nota… Eu estou curtindo muito esse evento. Procurando viver esse momento tranquilo de minha carreira me divertindo… E ver todo mundo curtindo a minha cidade, todo mundo voltando feliz por ter pego altas ondas nesse lugar quentinho, de vida simples, de comida boa e barata, é pra mim motivo de muita alegria”, comentou Silvana.

O bicampeão pernambucano Ivan Silva. Foto: Lma Jr/CBSurf

Se até agora o evento já vinha quente, com o início da Fase 4 do masculino a chapa vai esquentar ainda mais, pois, a partir dessa quinta-feira,21/03, quem avançar na competição já entra na fase do pagamento em dinheiro, e mesmo se perder na fase seguinte, já volta pra casa com uma parte da premiação, o que deverá adicionar uma boa dose extra de emoção, drama e adrenalina às disputas, pois, ninguém quer literalmente, remar, remar e morrer na praia.

339 atletas se inscreveram nessa etapa que inaugura o novo formato da competição, com o status 10.000. A premiação será de R$ 200.000 (duzentos mil reais) divididos entre homens e mulheres

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