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Estreantes brasileiros são sucesso na WSL

Caio Ibelli foi eleito o melhor estreante do circuito principal da WSL em 2016 e agora chegou a sua primeira final de CT no Rip Curl Pro Bells Beach sagrando-se vice-campeão na terceira e ultima etapa da perna australiana.

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Foto: @WSL / Kelly Cestari

Caio Ibelli foi eleito o melhor estreante do circuito principal da WSL em 2016 e agora chegou a sua primeira final de CT no Rip Curl Pro Bells Beach sagrando-se vice-campeão na terceira e ultima etapa da perna australiana.

Todo ano a World Surf League elege o melhor entre os estreantes, em 2015 foi o potiguar Ítalo Ferreira que recebeu o título mostrando que o Brasil tem sempre bons surfistas ascendendo no tour.

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Foto: @WSL / Kelly Cestari

O paulista Caio Ibelli barrou o campeão mundial John John Florence com uma virada espetacular no último minuto da semifinal, mas não conseguiu superar Jordy Smith, na decisão do título do Rip Curl Pro.

Rip Curl Pro Bells Beach
John John Florence . Foto: @WSL / Ed Sloane

Os dois deram um show nas ótimas direitas de 8 pés da quarta-feira,19/04, e o sul-africano ganhou a final e badalou o sino do troféu da vitória.

“Esse é um evento que a gente tem anotado no caderninho a vontade de querer ir pra final nele. As ondas estavam alucinantes o dia inteiro, tinha tamanho e força, foi um campeonato alucinante “, disse Caio Ibelli. “Quando eu era um pivetinho, o Jordy já tava fazendo sessões de vídeo, então todas essas coisas somam e criam esse momento único que estou vivendo. Tenho uma equipe que trabalha comigo que me dá todo o suporte, me deixando confortável para competir em todas as condições e vamos pra próxima agora, ir lá pro Rio ver a brasileirada torcendo por nós lá”. Conclui Ibelli ansioso com a etapa brasileira nos dias 9 a 20 de maio em Saquarema,RJ.

Caio foi apenas o terceiro brasileiro da história a decidir o título na etapa mais antiga do Circuito Mundial e subiu do 19.o para o sétimo lugar no ranking com o vice-campeonato no Rip Curl Pro.

Rip Curl Pro Bells Beach
Jordy Smith. Foto: @WSL / Kelly Cestari

“No começo da bateria, eu peguei a primeira onda que não era boa, então ele ficou com a prioridade e conseguiu fazer boas notas no início”, contou Ibelli. “No finalzinho, fiz minha melhor onda e quando falaram que a última do vermelho tinha sido 9,63 eu vibrei, mas dez segundos depois ouvi, nota do azul, 9,77, aí eu ia precisar de outro nove, nossa, foi alucinante. Dias atrás eu estava na casa do Jordy, batendo um rango com os caras, conversando, então estar numa final com ele foi demais. Ele já vem aqui uns 15 anos e essa é só minha segunda vez, então estou amarradão”.

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Caio Ibelli. Foto: @WSL / Ed Sloane

Na bateria final Jordy Smith começou imprimindo um ritmo muito forte, escolhendo boas ondas para largar na frente. Caio demorou para reagir, mas entrou na briga quando tirou 7,83 em sua primeira onda boa. Em outra melhor ainda, mostrou seu potencial com grandes arcos, alongando as rasgadas e atacando o crítico da onda com manobras mais explosivas para tirar 9,63 e passar a frente. Só que o sul-africano logo deu o troco com um surfe altamente veloz e progressivo para ganhar 9,77. Depois, ainda tira um 9,13 para selar a vitória por 18,90 a 17,46 pontos.

“Não consigo nem acreditar. Fiquei em segundo no ano passado e agora ser campeão é incrível”, disse Jordy Smith. “Quando eu tirei um 9, a pressão diminuiu um pouco, mas em seguida o Caio continuou atacando e vi que tinha mais trabalho pela frente. Ele é um surfista incrível e surfou muito bem esse evento todo. Eu venho tentando ganhar este campeonato há 10 anos e conseguir agora é um sentimento incrível, um grande sonho se tornando realidade para mim. Depois de alguns anos sofrendo com lesões, sinto que as peças do quebra-cabeça estão se encaixando este ano. Minha esposa e minha família estão comigo e não poderia conseguir nada disso sem o apoio deles”.

Caio Ibelli festejou dentro do mar o vice-campeonato em sua primeira final no CT em uma etapa que aconteceu com boas ondas em todos os dias. Seu grande momento foi na semifinal com John John Florence. Ele começou forte com nota 8,90, liderando a bateria até o havaiano destruir uma onda com uma série de manobras que arrancou nota 10 de três dos cinco juízes e a média ficou em 9,93. Na seguinte tirou 7,50 e assumiu a ponta da bateria. Veio uma longa calmaria e outra série boa de ondas só entrou no último minuto. Florence tinha a prioridade de escolha e foi na primeira, mas a de trás era maior e Caio Ibelli aproveitou a chance para arriscar nas manobras, atacando a onda até explodir a junção na finalização. A nota saiu 8,73 e virou o placar para 17,63 a 17,43 pontos.

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Filipe Toledo. Foto: @WSL / Jack Barripp

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