
Douglas Silva, campeão do Dream Tour 2024, começou sua trajetória rumo ao seu bicampeonato brasileiro com o melhor somatório entre os cabeças de chaves da competição.Dodô fez 16.83 em sua estreia no ano de 2025 durante o Taça Brasil 10.000 da Praia da Taíba, São Gonçalo do Amarante (CE).
A 2ª fase da competição masculina levou os melhores competidores de 2025 ao mar elevando o nível das performances. Com um 9.00, maior nota do dia, e um 7.83, Douglas mostrou por que foi o melhor do Brasil no ano passado e deu uma verdadeira aula de aéreos, confirmando que continua entre os atletas mais difíceis de serem batidos no circuito brasileiros.
O Taça Brasil 10.000 Taíba 2025 vai premiar os competidores com R$ 250 mil e o campeão já começa o ano com 10 mil pontos. Em ondas variando em torno de um metro, formando boas rampas para decolagens fantásticas, foi o cenário perfeito para a melhor bateria do dia protagonizada pelo atual campeão brasileiro que enfrentou dois integrantes do circuito principal Murillo Coura (SP) e Samuel Igo (PB), além do jovem Enrique Neves, conterrâneo pernambucano de Douglas. A disputa foi aérea entre o campeão pernambucano e o paulista Murillo que vendeu caro sua derrota fazendo um somatório de 14.34 pontos, fazendo até naquele momento o maior somatório do dia.

Nos últimos oito minutos da bateria veio a resposta de Dodô, aterrissou em um aéreo alto e de difícil execução, recebendo 9.00, maior nota do dia. Já no fim da bateria, faltando dois minutos para o fim, Douglas acertou um full rotation, somando 7.83, a segunda maior nota do dia consolidando 16.83 pontos, o maior somatório da competição até agora. Murillo Coura avançou em segundo e ficou com o terceiro melhor somatório do dia,14.34 pontos.
Após a vitória, Douglas Silva analisou sua performance e destacou a importância da sua preparação para a temporada: “Foi uma bateria muito boa. Inclusive, competi contra um atleta que já enfrentei no ano passado e que poderia dificultar minha caminhada pelo título, o Murillo Coura. Eu estava muito animado para esse evento, porque treinei bastante desde que fui campeão brasileiro. Me dediquei intensamente, treinando todos os dias em Maracaípe, porque queria ver o resultado desse esforço na água. Estava ansioso para colocar a lycra e testar meu desempenho. Competir é o que me move, entrar na água para disputar com outros grandes atletas é o que eu amo fazer. No ano passado, realizei um grande sonho: depois de nove anos como profissional, me tornei campeão brasileiro. Isso mudou minha vida e abriu muitas portas. Acredito que quando seguimos no caminho certo, Deus sempre nos proporciona grandes oportunidades.”

O potiguar Jadson André, um dos grandes ícones do surfe brasileiro com 11 temporadas na elite mundial, também brilhou em uma bateria com grandes adversários. O experiente atleta enfrentou Rafael Teixeira (ES) e Vitor Ferreira (RJ), surfistas muito competitivos com destaques nas competições, e Lucas Haag, promessa da nova geração catarinense.
Jadson começou forte e, logo no início, executou um combo explosivo de duas manobras de backside, garantindo 7.67 pontos. Depois, somou 4.80 com seu característico aéreo reverse. Assumindo a liderança já nos primeiro 4 minutos de bateria, permanecendo assim até a buzina final. Faltando 1 minuto e meio para o fim da bateria, ele mais uma vez usou sua assinatura principal e acertou um aéreo reverse ainda mais alto e crítico, garantindo 6.83 pontos. No total, fechou a bateria com 14.50 pontos, o segundo maior somatório do dia.
Após a bateria, Jadson comentou sobre a dificuldade do confronto e a importância de manter o foco nas próximas fases: “As ondas estão muito boas, mas não está fácil. Tem bastante correnteza, o que exige um esforço extra para se posicionar bem. Minha bateria foi extremamente difícil, com nível de evento internacional. O Rafael e o Vitinho competem forte no circuito internacional, o Lucas tem um surfe muito bom também… Quando vi a bateria, sabia que teria que entrar 100% focado e surfar na quinta marcha. Cada bateria é única. Durante aqueles 20 minutos na água, se não encontrar as melhores ondas, não tem favoritismo que resolva. Mas a confiança aumenta quando conseguimos vencer baterias desse nível. Espero seguir avançando e continuar conversando com vocês até o último dia de competição!”No feminino, a segunda fase foi marcada pelo domínio das surfistas do Nordeste que garantiram oito das doze vagas para a próxima fase. Das seis baterias disputadas, quatro foram vencidas por atletas da região, reafirmando a competitividade do surfe feminino nordestino.

Nesta quinta-feira, 20/02, o mar seguiu com ótimas condições, ganhando força em relação a ontem. Com séries chegando a 1,5 metro nos maiores momentos, os atletas encontraram ondas de qualidade para competir. As condições ficaram um pouco mais difíceis no período das baterias femininas, mas as atletas demonstraram competitividade e estratégia, garantindo disputas emocionantes.
Foram disputadas as 12 baterias restantes da 2ª fase do masculino e todas as 6 baterias da 2ª fase do feminino. Um período de raios e trovões forçou a paralisação temporária do evento pela manhã, alterando o cronograma e deixando o início da 3ª fase do masculino para esta sexta-feira, 21/02.
A paraibana Analu Silva, de apenas 18 anos, segue chamando atenção no cenário do surfe brasileiro. Conhecida por seu estilo autêntico e radical, ela apareceu no circuito há poucos anos como um diamante bruto a ser lapidado e, desde então, vem apresentando uma das evoluções mais interessantes de se acompanhar nos campeonatos da CBSurf. Hoje, na Praia da Taíba, Analu mostrou que seu trabalho de aprimoramento técnico segue dando resultado. Desde o início da bateria, foi apontada pelo comentarista Marcelo Andrade, da transmissão ao vivo, como uma forte candidata ao prêmio Mormaii Somatório, que premia os surfistas com os melhores somatórios do dia. E ela confirmou as expectativas. Logo no começo, cravou 6.10 pontos, a segunda maior nota do dia no feminino, com um combo bem executado de backside, um dos pontos em que mais tem evoluído. Depois, encontrou uma onda maior e aproveitou a seção crítica para um snap-back preciso na junção, garantindo 5.00 pontos e fechando seu somatório em 11.10 pontos, o maior do dia entre as mulheres. Com essa performance, Analu levou para casa os óculos da Mormaii, premiação dada aos melhores do dia.
A jovem surfista, que também vem trabalhando para perder a timidez com as câmeras, comemorou o resultado, mas, com toda sua espontaneidade, revelou que ficou envergonhada ao receber o prêmio: “Essa bateria foi irada! Peguei duas boas ondas e consegui me destacar. Eu era uma surfista que não confiava muito no meu backside, mas comecei a treinar e hoje fiz a melhor nota do feminino no evento. Estou muito feliz, ainda mais porque levei um óculos da Mormaii como premiação! O evento está incrível, e vamos meter marcha que amanhã tem mais, avançando bateria por bateria até chegar à final e, quem sabe, conquistar o título.”
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