
As ondas aumentaram no pico do Borete, em Porto de Galinhas com o forte vento sudeste que bomba o mar da praia do Cupe e impuseram aos pequenos surfistas um dose extra de coragem para se jogaram nos pesados dropes do CBSurf Surf de Base 2025.
O destaque de todo o evento é sem dúvidas o paraibano Arthur Vilar , que fechou o dia com a primeira nota 10 do evento , enquanto pela manhã, Julia Stefani (SP) havia colocado o público em pé com o maior somatório entre todas as mulheres até agora.
Na última bateria da sexta-feira,09/05, Vilar fechou o dia espetacularmente. Aos 13 anos, ele segue vencendo em categorias com competidores bem mais velhos. Depois de avançar sem eliminações nas categorias Sub-18 e Sub-16, Arthur estreou no Sub-14 de forma avassaladora. Com um aéreo kerrupt flip, ele conquistou a primeira nota 10 do campeonato e ainda em outra onda repetiu a manobra fazendo 7.17 e fechando a bateria com 17.17 pontos , o maior somatório do evento até aqui .

“Tô muito amarradão! Eu preciso mostrar meu surf, mandar as manobras que eu sei. Meu pai já tinha comentado comigo que o vento tava bom pra mandar essa, então quando apareceu a oportunidade, eu fui. Tentei… e deu certo! Fazer um 10 nesse evento foi muito especial”, comemorou Arthur. “A segunda manobra foi semelhante, e veio em 7.17. Acho que foi a melhor maneira de terminar o dia”, completou o garoto, que também disputa o Dream Tour, o principal evento profissional da Confederação, e se consolida como um dos maiores nomes da nova geração do surfe brasileiro.Arthur Já classificado para a final do Sub-18, ele agora buscará o feito de disputar as finais das três principais categorias de base no mesmo campeonato.
Quem também se classificou para a final do Sub-16 foi Kalani Robles (SP) , outro nome que chega a duas finais — Sub-16 e Sub-18 — com muitos aéreos. Kalani avançou pela chave principal e comentou sobre a evolução de sua estratégia: “Na Sub-18 eu fui pela repescagem, foi bem mais puxado. Na Sub-16 consegui ir direto, e na bateria para a final usei um surf mais power. Acho que depende muito do mar, cada bateria pede uma estratégia diferente.”

Logo na primeira bateria do dia, ainda pela manhã, Julia Stefani (SP) deu uma aula de técnica e resultados. Um atleta de apenas 13 anos marcou 8,00 pontos em uma fortíssima, com uma batida de frontside chutando a rabeta por baixo do lip. Ela ainda retornou da manobra desaparecendo na espuma e segurando o impacto. Com um surf de qualidade para os dois lados, ela também somou um 5.17 em uma batida de backside em uma direita, garantindo o maior somatório do feminino em todo o campeonato até agora: 13.17 pontos .
“Era uma onda que eu fiquei em dúvida se ia ou não, porque ela não parecia ser muito boa. Mas resolvi ir. Ela armou bem, ficou com um buraco bom… aí Pensei: ‘vou bater’. Bati a rabeta, explodiu, e eu só pensei: ‘ai ai ai, volta, volta!”, declarou Júlia, que depois ainda se classificou para a final na fase seguinte: “Fiquei orgulhosa do que eu fiz hoje. Agora é focar na final.”
A grande final do Sub-16 Feminino está definida com:
• Júlia Stefani (SP)
• Giovanna Rocha (SP)
• Carol Bastides (SP)
• Maria Clara (RN)
Giovanna Rocha , que também avançou pela chave principal, foi consistente ao longo de toda a competição e avaliou a estratégia ao escolher as esquerdas. “Passar pela chave principal traz mais confiança. É menos cansativo porque são menos baterias. Na primeira bateria eu não encontrei muito, tava até passando um pouco mal, mas depois consegui ajustar. Me concentrei mais nas esquerdas que estavam entrando. Foquei em qualidade, não quantidade. Fiz uma boa batida à esquerda, e fiquei bem feliz com a nota. Deu certo!”

Carol Bastides , atual campeã brasileira Sub-16, teve que passar pela repescagem e conseguiu se reinventar na competição. “Foi bem difícil achar boas ondas, mas consegui encontrar duas muito boas e fazer o que eu precisava. Agora é me preparar ainda mais, porque a final é só domingo”, disse. Carol, que também compete no Sub-14, já projeta seu próximo objetivo: “É meu último ano no Sub-14, quero tentar ir bem e, quem sabe, conquistar mais um bicampeonato!”
Maria Clara (RN) também teve um caminho mais longo até a final, vindo da repescagem. Ela mostrou força emocional em uma bateria emocionante e com potencial de reviravolta até os segundos finais. “Tô muito feliz de ter conseguido minha classificação pra final, mesmo sendo pela repescagem. É bem cansativo, pra falar a verdade, mas também é uma oportunidade a mais. Curti muito essa segunda chance, acho que dá mais espaço pra mostrar o surf de verdade e mostrar que a gente é capaz de chegar lá. Foi bem emocionante.
A competição é uma realização da Confederação Brasileira de Surf (CBSurf) , em parceria com a Federação Pernambucana de Surf (FEPESurf) , com patrocínio da Prefeitura de Ipojuca e da Secretaria Especial de Esportes de Ipojuca , com apoio do prefeito Carlos Santana e do secretário Deri Costa .
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