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Aéreo perfeito,muita chuva e boas ondas no Dream Tour de Pernambuco

Cearense Rafael Venuto conquista 10 unânime e maior somatório da etapa ate agora, em dia marcado também pela recuperação do campeão brasileiro Douglas Silva. No feminino, Potira Castaman teve melhor desempenho.

Douglas Silva segue em busca do bicampeonato. Foto Alexandre Gondim/Fepesurf

O terceiro dia,15, na Praia do Borete, em Porto de Galinhas, foi marcado por Rafael Venuto (CE) conquistando a primeira nota 10 do Dream Tour 2025 e ainda cravando o maior somatório da etapa , com 17,50 pontos . O dia também teve a recuperação do campeão brasileiro Douglas Silva (PE) , que avançou na repescagem competindo em casa após uma estreia difícil na Fase 1. No feminino, Analu Silva , Sophia Gonçalves e Potira Castaman ficaram com os melhores somatórios da categoria em um dia de muitas competições que concluíram a fase de repescagem no novo formato estreado neste ano.O dia começou com condições complicadas. O mar apresentou mais energia, mas um forte vento maral apresentou um mar balançado nas primeiras baterias. Logo depois, a situação melhorou: o vento diminuiu, em alguns momentos virou terral, e as condições ficaram mais limpas com formação até melhor do que o dia anterior. Ainda que o número de notas altas tenha sido menor em relação aos dois primeiros dias, o nível técnico se manteve elevado — com um clímax absoluto no ar perfeito de Rafael Venuto.

No dia anterior Cauã Costa havia levantado o público com uma rotação completa de backside avaliada em 9.83 — até então a nota maior da etapa do Dream Tour em Porto de Galinhas —, desta vez foi a vez de Rafael Venuto (CE) subir o sarrafo. O cearense repetiu a receita: ar alto de backside com rotação completa, precisão cirúrgica e aterrissagem com o bico apontado para a areia.Além da nota perfeita, Rafael somou 7,50 em sua segunda melhor onda, atingindo um total de 17,50 pontos — novo maior somatório do evento , superando os 16,40 de Cauã na terça-feira.“É uma manobra de risco, você sai da onda esvoaçante, gira tudo no ar e tem que cair certinho. Tem que ter técnica mesmo. O full rotation de back é um aéreo que poucos têm. Esse tipo de manobra aparece mais no frontside, mas eu tenho esse dom de mandar no back também. É muito gratificante fazer isso num evento desse tamanho. Tô entre os 48 melhores do Brasil e tirar um 10 desse é pra guardar”, explicou Rafael sobre a dificuldade e valorização da manobra.

O 10 do cearense Rafael Venuto. Foto Alexandre Gondim/Fepesurf

O atual campeão brasileiro Douglas Silva (PE) avançou ao ritmo das grandes vitórias ao vencer a primeira bateria do dia , garantindo sua classificação para a Fase 3. Após uma estreia na terça-feira, marcada por pressão e expectativa, Dodô respondeu à altura difícil do desafio e reencontrou a sua condição de surf numa que superou o conhecimento do mar.Com notas 6.17 e 4.10 , somando 10.27 pontos , ele superou o paulista Gabriel André e manteve viva sua campanha na etapa que marca o início da defesa de seu título nacional.“É difícil estrear como campeão brasileiro, ainda mais em casa. Todo mundo cria uma enorme expectativa… passo na rua, vou no mercado, a galera quer saber como tá o campeonato. Ontem falei com meu pai, ele me lembrou que eu não tenho nada a provar pra ninguém. Eu já provei. Agora é surfar, me divertir. E foi isso que fiz hoje”, disse Dodô, confiante.

Depois de participar da temporada 2023 aos 16 anos, Analu Silva (PB) voltou ao circuito nacional agora aos 18, com mais confiança e um surf mais completo — principalmente de backside, fundamento que tem sido um diferencial na sua evolução técnica.Na repescagem, Analu teve uma atuação segura e eficiente para vencer Julia Duarte (RJ) com o somatório de 9,07 pontos (4,90 + 4,17). A paraibana mostrou calma e controle para trabalhar bem duas ondas-chave e garantir a vaga na Fase 3. Julia terminou com 5.50 e deu adeus à competição.”Eu não acreditei no meu backside. Comecei a praticar e ele me mostrou que eu posso chegar lá. Treino bastante, gosto de ir pra academia, isso ajuda muito. O backside tá animal agora — e quero evoluir mais”, disse Analu, reforçando sua postura determinada nesta nova fase.O resultado confirma a evolução de uma das atletas promissoras da nova geração, que agora segue viva na etapa após passar pela repescagem.

Alan Donato representa os locais. Foto Alexandre Gondim/Fepesurf

O terceiro dia do Dream Tour 2025 marcou o encerramento da estreia do novo formato de repescagem , uma das grandes novidades da temporada. O novo formato do Dream Tour começa com baterias triplas na Fase 1 , onde apenas o primeiro colocado avança direto para a Fase 3 . Os outros dois atletas vão para a repescagem (Fase 2) , disputada em baterias eliminatórias entre dois competidores.Potira Castaman , que se classificou com o maior somatório feminino do dia, falou sobre a experiência:“Ontem eu fiquei bem triste de ter caído pra repescagem ao invés de passar de fase quando fiquei em segundo lugar. Mas também grata por ter essa segunda chance. Transformei essa raiva em vontade de surfar e dar o meu melhor. Esse formato aumenta o nível de entrega. Ou você passa em primeiro, ou não passa. Isso faz a gente dar o máximo Na penúltima bateria do dia, Potira Castaman (SC) fez o maior somatório do dia devido à boa leitura de mar de quem passou o dia todo no palanque observando as ondas. Depois de cair para a repescagem, o catarinense voltou à água com foco total e encontrou as ondas para vencer a disputa contra Gabriely Queiroz (CE) . Com notas 5.17 e 4.33 , somando 9,50 pontos , Potira garantiu o maior somatório do dia entre as mulheres. Também fez nota maior da categoria, empatada com Kemilly Sampaio (SP).Potira comentou sobre sua conexão com o pico e a escolha das ondas:”Essa onda aqui é como se fosse minha segunda casa… ou terceira, porque tem a Bahia também (risos). Eu observei bastante a maré, a movimentação das ondas, e consegui me conectar com o mar. Isso fez diferença na minha performance”, comentou Potira, que nasceu na Bahia e hoje representa Santa Catarina, onde reside. querer ser o primeiro nome sempre. No fim, achei bem legal.”O circuito também regular e valorizar os atletas que, mesmo sem avançar, participam da etapa.

Potiguar Jadson Andre avança no evento. Foto Alexandre Gondim/Fepesurf

Todos os surfistas eliminados na repescagem recebem R$ 3.000,00 de premiação , o que traz um suporte importante para quem investe em estar no circuito.”Isso é de extrema importância, ainda mais porque a gente tá na elite nacional, né? É um circuito fechado, pros atletas classificados, então ter esse incentivo faz muita diferença. Ter essa premiação dá uma segurança de que, mesmo se não passar, dá pra cobrir uma parte dos custos como passagem, inscrição, hospedagem…”, afirmou Sol Carrion , que foi eliminado na disputa com Isabelle Nalu (SC), resultado de 8,33 x 5,36

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