Três homens e duas mulheres sendo quatro brasileiros e uma peruana passaram suas primeiras baterias na etapa europeia do World Surf League (WSL) Challenger Series, em Portugal. Alejo Muniz e Lucas Silveira fizeram a primeira dobradinha nas direitas de Ribeira D´Ilhas e o pernambucano Ian Gouveia conquistou a 9ª classificação do Brasil para a 2ª fase do EDP Vissla Pro Ericeira. Na categoria feminina, iniciada na segunda-feira, só ficaram Luana Silva competindo como brasileira pela primeira vez e a peruana Daniella Rosas. As eliminatórias prosseguem nesta terça-feira, a partir das 7h30 em Portugal, 3h30 da madrugada no Brasil, ao vivo pelo site da WSL
O segundo dia de competição na Reserva Mundial de Surfe de Ericeira, começou com as seis baterias restantes da primeira fase masculina. Alex Ribeiro foi eliminado na primeira, mas na segunda o carioca Lucas Silveira e o catarinense Alejo Muniz fizeram a primeira dobradinha verde-amarela nesse ano. Alejo é o quinto colocado no Challenger Series e único brasileiro no grupo dos 10 que se classificam para o WSL Championship Tour de 2023. Eles eliminaram o neozelandês Billy Stairmand e o francês Ian Fontaine.
Depois, Ian Gouveia conquistou a nona classificação brasileira para a segunda fase, despachando o americano Evan Geiselman e o japonês Taichi Wakita na bateria vencida pelo sul-africano Max Elkington. No domingo, já tinham passado suas primeiras baterias em Portugal, o cearense Michael Rodrigues, o paranaense Peterson Crisanto, os paulistas Deivid Silva e Edgard Groggia e os catarinenses Willian Cardoso e Matheus Navarro. Outros dois sul-americanos também avançaram, o peruano Lucca Mesinas e o uruguaio Marco Giorgi.
Na categoria feminina, as sete representantes da América do Sul no EDP Vissla Pro Ericeira, estrearam na segunda-feira e apenas duas passaram para a segunda fase. A primeira foi a campeã desta etapa do Challenger Series em 2021, Luana Silva, que derrotou a australiana Dimity Stoyle, a portuguesa Carolina Mendes e a sul-africana Zoe Steyn. A surfista nascida no Havaí, é filha de pais brasileiros e competiu representando o Brasil pela primeira vez. Ela mudou de nacionalidade com apoio do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), para tentar vaga para as próximas Olímpiadas em 2024 na França.
“Apesar de ter vencido aqui no ano passado, ainda estou aprendendo a surfar essas ondas daqui”, disse Luana Silva. “No ano passado, elas estavam bem maiores do que hoje, mas estou feliz em estar aqui. Foi um dia longo e agora quero voltar pra casa pra tirar uma boa soneca (risos). Sei que a previsão está indicando um swell (ondulação) grande para os próximos dias, mas nem quero pensar nisso, porque as condições do mar mudam bastante aqui”.
Antes de Luana Silva competir, a atual campeã sul-americana, Sophia Medina, tinha acabado de ser barrada pela portuguesa Teresa Bonvalot e a neozelandesa Paige Hareb. E a peruana Arena Rodriguez Vargas, também tinha ficado em terceiro lugar na primeira bateria feminina do EDP Vissla Pro Ericeira, que classificou a havaiana Bettylou Sakura Johnson e a australiana Philippa Anderson.
Após a estreia vitoriosa de Luana Silva competindo como brasileira, outras três novas compatriotas suas foram eliminadas. Laura Raupp e Anne dos Santos terminaram em último lugar nas suas baterias e Summer Macedo ficou em terceiro na que fechou a segunda-feira em Ribeira D´Ilhas. Essa foi vencida pela peruana Daniella Rosas, que achou boas ondas nos minutos finais para somar notas 6,00 e 4,50. A havaiana Zoe McDougall passou em segundo lugar, impedindo uma dobradinha sul-americana no último confronto do dia.
“Foi uma bateria bem difícil, pois todas as meninas surfam muito bem”, disse Daniella Rosas. “Eu sempre surfo com a Summer (Macedo) nos QS regionais da América do Sul e estou feliz por vencer a bateria. Eu consegui um quarto lugar no ISA Games (em Huntington Beach) e cheguei aqui mais confiante. Também passei um mês no Brasil competindo e treinando forte para conseguir um bom resultado aqui. O nível do Challenger é insano, então estou feliz por ter começado bem e espero mostrar o meu melhor nesse evento”.
As duas sul-americanas já vão disputar classificação para as oitavas de final na segunda fase do EDP Vissla Pro Ericeira. A segunda defesa do título de Luana Silva será um confronto direto por vaga no grupo das cinco surfistas que o Challenger Series classifica para o CT 2023. A brasileira está em nono lugar no ranking e vai enfrentar a oitava colocada, Teresa Bonvalot, além da também portuguesa Mafalda Lopes e Chelsea Tuach, de Barbados.
A peruana Daniella Rosas, bicampeã sul-americana da WSL Latin America em 2019 e 2020/2021, ocupa a 47.a posição no Challenger Series e uma das suas próximas adversárias é a ex-top do CT, Bronte Macaulay, que ocupa a sétima colocação. As outras são a também australiana Zahli Kelly que está em 18.o lugar e a espanhola Ariane Ochoa em 35.o. Essa bateria da peruana é a sexta da segunda fase e a da brasileira é a terceira.
Com informações de João Carvalho (WSL Latin America Media Manager)