Categorias
instant articles Uncategorized

Com a vitória no Dream Tour de Florianópolis Sophia e Mateus receberam a maior premiação do surfe nacional.

Únicos atletas Wild Cards (convidados) da competição, Sophia Medina e Mateus Herdy, com suas respectivas vitórias, neste domingo 03/08, do Corona Dream Tour Floripa, terceira etapa do circuito principal da Confederação Brasileira de Surf – CBSurf, na Praia Mole, Florianópolis acumularam 10 mil pontos no ranking brasileiro e receberam R$ 40 mil cada por suas vitórias, a maior premiação do surfe nacional.

Mateus Herdy abusou dos aéreos perfeitos. Foto: Davi Castro/CBSurf

Únicos atletas Wild Cards (convidados) da competição, Sophia Medina e Mateus Herdy, com suas respectivas vitórias, neste domingo 03/08, do Corona Dream Tour Floripa, terceira etapa do circuito principal da Confederação Brasileira de Surf – CBSurf, na Praia Mole, Florianópolis acumularam 10 mil pontos no ranking brasileiro e receberam R$ 40 mil cada por suas vitórias, a maior premiação do surfe nacional.

A final feminina foi literalmente um encontro de gerações. Tininha, de 33 anos, é uma das atletas mais experientes do País, enquanto Sophia, de 18, é uma das mais novas e fez em Florianópolis sua estreia no circuito Dream Tour. E mesmo ainda com pouco tempo de atleta profissional, Sophia surfou como gente grande e dominou nesse domingo a semifinal e a grande final. Contra Tininha, Sophia somou nas suas duas melhores ondas 12.77, enquanto Tininha fez 6.40.

Sophia Medina venceu na sua estreia no Dream Tour.Foto: Davi Castro/CBSurf

Sophia, irmã do tri campeão mundial Gabriel Medina, saiu do mar carregada pelos pais, chorou muito com conquista. Ela não tinha ganhado nem título ainda esse ano.

Fiquei muito feliz com a oportunidade de competir no Dream Tour. Campeonato incrível, com grande estrutura, muitas ondas e com presença do público. Foi muito difícil ganhar esse campeonato, pois quando chega no profissional vai apertando e essa conquista significa muito pra mim. Nada melhor que esse sentimento. Temos que viver momento por momento e quero curtir esse momento de hoje, comemorar com a minha família, comer pizza, pois amanhã já é dia de treinar, é muita renúncia ser profissional. Tinha mais de um ano que eu não ganhava um título e é bom demais vencer”, disse Sophia.

Tininha, com o vice-campeonato, somou 8 mil pontos no ranking e ganhou R$ 15 mil reais. “Estou feliz com o meu desempenho em Florianópolis. Foi uma competição dura e o surfe brasileiro feminino mostrou a sua força”, comentou a vice-campeã.

Herdy, família de campeões. Foto: Davi Castro/CBSurf

No masculino, Mateus Herdy e Krystian Kymerson fizeram uma final muito acirrada, aberta até os últimos segundos. Com grandes manobras, eles empolgaram o público a cada batida perfeita. Herdy, que conquistou as duas únicas notas 10 do Corona Dream Tour Floripa em fases anteriores, acabou vencendo a disputa com a somatória 15.83.

Acho esse evento eu levarei para o resto da minha vida. Quando eu for velhinho, falarei lembra daquele campeonato na Praia Mole que deu altas ondas. Ganhar foi a cereja do bolo, pois ganhar em casa, perto da família, dos amigos é algo incrível. Foi uma semana difícil para colocar em palavras tudo que aconteceu de uma forma tão especial pra mim. Foram grandes baterias, desde o começo, muita onda boa. Só posso agradecer tudo”, falou Herdy.

Kymerson, que representará o Brasil no Pan-Americano, também aprovou a competição e o seu surfe na Praia Mole. Ele assim como Tininha somou 8 mil pontos e embolsou R$ 15 mil reais. “Primeiro agradecer muito a Deus por estar nessa final. Eu vim para a competição desmotivado pelos meus últimos resultados, mas fiquei muito focado, fiquei junto com meu treinador e família em uma casa aqui do ladinho só mentalizando. Ficava sentado na frente da casa e focado vendo as ondas. E isso deu muito certo. Surfei bem e faltou pouco ali na final”. Disse Kymerson

Mateus carregado ao pódio. Foto: Davi Castro/CBSurf

O domingo também foi especial para as crianças do projeto da Associação de Surf da praia da Armação e Matadeiro. Criado em 2015, o projeto tem a missão de levar o esporte para as comunidades do Sul da Ilha de Florianópolis, utilizando o surf como ferramenta de transformação social. Eles estiveram visitando a estrutura do Dream Tour.

O sábado amanheceu com céu fechado e com garoa fina que perdurou em muitos momentos do dia, mas com grandes ondas, esse foi o cenário na Praia Mole no 4º dia. Logo cedo os atletas caíram na água e depois de um dia todo de baterias, classificaram para as semis Juliana dos Santos (CE) enfrentando Diana Cristina (PB), enquanto Sophia Medina (SP) duelou com Taís Almeida (RJ). No masculino os confrontos foram entre José Francisco (SC) e Krystian Kymerson (ES); Mateus Herdy (SC) e Wesley Leite (SP).

Sophia Medina foi quem brilhou nas quartas de final do feminino. A atleta, que já tinha tido a melhor atuação das mulheres nas oitavas de final, somando 16.50 nas suas duas melhores ondas, nas quartas de final bateu Julia Duarte (RJ).

“Eu sabia que essa última bateria não seria fácil, a Julinha é uma surfista muito boa, mas achei duas ondinhas para poder passar, pois o mar estava difícil. Comentei no primeiro dia de competição que na minha primeira bateria não me achei muito e até troquei de prancha hoje, mas cada dia é um dia, assim como cada bateria é uma competição nova. Eu sabia que ia começar tudo do zero e competidor tem que pensar assim, independente com quem você está na bateria. Agora é manter os pés no chão, humildade sempre, saber quem enfrenta e tentar dar o meu melhor”, disse Sophia, que ganhou Wild Card para participar pela primeira vez de uma etapa do Dream Tour.

Medina sendo levada pelos pais. Foto: Davi Castro/CBSurf

Nas classificações do masculino, mais uma vez o destaque foi o surfista Mateus Herdy (SC). Depois de conseguir na sexta-feira a primeira nota 10 do Corona Dream Tour Floripa, o atleta catarinense repetiu o feito nas quartas de final no sábado.

Herdy, que duelou contra Cauã Costa (RJ), realizou dois aéreos em uma mesma onda para tirar o novo 10. Ele comemorou muito sua atuação após a onda e quando saiu do mar.

“Eu fiquei na dúvida se ia na onda ou se marcava o Cauã, mas era uma onda muito boa, com vento muito bom. Fui. A primeira rampa ficou perfeita e a segunda eu estava no lugar certinho na volta do primeiro aéreo. Não era para eu fazer isso, era para poupar o joelho na bateria, mas a onda explodiu embaixo da minha prancha e não teve muito impacto. Foi perfeito e na hora eu pensei que teria que ser outro 10”, falou Herdy que falou sobre as ondas perfeitas.

“Se pegar os meus dois aéreos de hoje na mesma onda, eles não foram tão bons quanto o de ontem. Aquele foi o melhor aéreo da minha vida. E eu espero que aquele seja o meu melhor, pois não quero ter outro impacto como aquele. Esse evento está abençoado, altas ondas. Eu moro aqui em Floripa e eu não costumo surfar na Mole tantas vezes, mas é a melhor Praia Mole que já vi. Todos os dias altas ondas. Na frente bom para tubo, esquerda tá longa, direita tá perfeita, e a previsão para o domingo de ainda ser melhor. Campeonato está abençoado, está irado!”, finalizou Herdy apostando tudo para o domingo da fial.

As atenções dos amantes do surfe se voltaram para a última e decisiva final do Championship Tour da World Surf League.

Acompanhe por aqui! Até Já!

Os campeões Medina e Herdy. Foto: Davi Castro/CBSurf

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *