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Começa o prazo para o Brasil ter mais um título mundial

Nesta sexta-feira, 07/09, abre a janela de realização do Rip Curl WSL Finals 2023 nos Estados Unidos. Dois brasileiros estão na decisão do título mundial. Filipe Toledo vai tentar o bicampeonato consecutivo.João Chianca estreia na elite dos top-5 do mundo. As ondas da batalha final serão em Lower Trestles na Califórnia

Filipe Toledo campeão mundial no Rip Curl WSL Finals em 2022. Foto: @WSL / Thiago Diz
O prazo para o Rip Curl WSL Finals decidir os títulos mundiais de 2023, começa nesta sexta-feira, /09,07 e vai até 16 de setembro nos Estados Unidos. O campeão e a campeã da temporada serão definidos em um único dia, no que tiver as melhores ondas em Lower Trestles, dentro deste período em San Clemente, na Califórnia. O atual campeão mundial, Filipe Toledo, vai tentar o bicampeonato consecutivo e João Chianca é o outro brasileiro que se classificou entre os top-5 do ranking do World Surf League (WSL) Championship Tour (CT) 2023. 

“Isto é resultado de todo o trabalho duro, todo sacrifício, ao longo do ano”, disse Filipe Toledo“Todas as horas viajando em aviões pelo mundo e muito dinheiro investido. É tudo isso e me sinto super abençoado, então só tenho que agradecer a Deus por tudo que Ele vem fazendo na minha vida. O apoio da família e de todos os meus patrocinadores foi muito importante para eu chegar aqui. E da WSL também, por realizar eventos incríveis, então vejo vocês em Trestles”.
Filipe Toledo na final brasileira com Italo Ferreira em Trestles em 2022. Foto: @WSL / Pat Nolan
Assim como no ano passado, Filipe Toledo chega no Rip Curl WSL Finals em primeiro lugar no ranking do CT 2023. Com isso, ele vai tentar o bicampeonato mundial, já na melhor de três baterias que define o campeão neste sistema mata-mata implantado pela WSL em 2021. Filipe é o único a participar das três decisões e as duas primeiras foram 100% brasileiras. Na de 2021, Gabriel Medina conquistou o tricampeonato sobre Filipe Toledo, que no ano passado derrotou o campeão mundial de 2019, Italo Ferreira

O outro brasileiro no Rip Curl WSL Finals esse ano é João Chianca, o Chumbinho, estreante na elite dos top-5 do mundo. No ano passado, ele saiu da elite no corte do meio da temporada. Mas, retornou ao CT pelo Challenger Series e chegou até a liderar o ranking em duas etapas esse ano. Chumbinho nunca competiu em Lower Trestles, mas já está treinando lá há duas semanas, assim como Filipe Toledo, que mora em San Clemente, na Califórnia.
João Chianca do corte na metade da temporada 2022 aos top-5 do ranking em 2023 Foto: @WSL / Tony Heff
“Foi uma loucura como este ano começou para mim”, disse João Chianca“Eu só estava pensando em passar pelo corte e as coisas começaram a acontecer, então só segui meu caminho. Nós, competidores, somos preparados para sonhar alto. No ano passado, eu disse a mim mesmo, que deveria sonhar mais alto, que poderia confiar no meu talento e acreditar cada vez mais no meu surfe. Eu sabia que era possível e não podemos ignorar as chances que a vida traz para você. Não sei por que, Deus escolheu me colocar aqui neste lugar agora e sou muito grato, porque sempre deixei tudo nas mãos Dele”.

Por ter terminado em quarto lugar no ranking do CT 2023, João Chianca vai abrir o sistema mata-mata do Rip Curl WSL Finals contra o quinto colocado, Jack Robinson. Quem passar, enfrenta o número 3, o também australiano Ethan Ewing. O vencedor disputará com o vice-líder, Griffin Colapinto, o duelo que define o adversário de Filipe Toledo na melhor de três baterias que vai decidir o campeão mundial da World Surf League em 2023.
O caminho para o título mundial no Rip Curl WSL Finals 2023. Foto: Divulgação World Surf League)
João Chianca e Jack Robinson já se enfrentaram em quatro baterias nas etapas do CT e o placar está 3 a 1 para o brasileiro. A última foi na grande final do MEO Rip Curl Pro Portugal, onde Chumbinho conquistou a primeira vitória da sua carreira. A única vez que o australiano ganhou dele, foi nas semifinais do Billabong Pro Pipeline também nesse ano, que ele foi o campeão. As outras duas vitórias do João Chianca aconteceram em 2022, com o brasileiro derrotando Jack Robinson nas oitavas de final do Billabong Pro Pipeline e na rodada inicial do MEO Pro Portugal. Nessa segunda, o australiano passou junto com ele para a terceira fase e o italiano Leonardo Fioravanti foi para a repescagem, por ter ficado em último lugar.

No Rip Curl WSL Finals do ano passado, quem passou pelo primeiro confronto, chegou na decisão do título mundial. Foi assim com Italo Ferreira, que terminou como vice-campeão na melhor de 3 contra Filipe Toledo, bem como com Stephanie Gilmore, que conquistou seu oitavo título contra a pentacampeã, Carissa Moore. E assim como no passado, Filipe Toledo e Carissa Moore chegam em Lowers Trestles liderando o ranking da temporada.
O caminho para o título mundial no Rip Curl WSL Finals 2023. Foto: Divulgação World Surf League)
Na categoria feminina, o Rip Curl WSL Finals também vai decidir a última classificada para Jogos Olímpicos de Paris 2024, entre as oito indicadas pela World Surf League. Para isso, a jovem Caitlin Simmers terá que vencer o primeiro desafio contra a australiana Molly Picklum, para encontrar Caroline Marks no duelo que poderá definir quem vai defender os Estados Unidos junto com Carissa Moore nas Olimpíadas da França. 

Quem passar pela segunda bateria em Lower Trestles, enfrenta a bicampeã mundial Tyler Wright no confronto que decide a adversária de Carissa Moore na melhor de 3 baterias. Essa é a primeira vez que a brasileira Tatiana Weston-Webb não participará do Rip Curl WSL Finals. Em 2021, ela foi vice-campeã mundial perdendo por 2 a 1 para Carissa Moore. No ano passado, terminou em quarto lugar, sendo barrada por Stephanie Gilmore na segunda bateria.
Carissa Moore vai tentar seu sexto título mundial no Rip Curl WSL Finals. Foto: @WSL / Beatriz Ryder)
RANKINGS DA WORLD SURF LEAGUE – 10 etapas:

TOP-10 DA CATEGORIA MASCULINA:
1.o: Filipe Toledo (BRA) – 58.300 pontos
2.o: Griffin Colapinto (EUA) – 50.860
3.o: Ethan Ewing (AUS) – 48.080
4.o: João Chianca (BRA) – 44.290
5.o: Jack Robinson (AUS) – 43.950
6.o: Gabriel Medina (BRA) – 43.240
7.o: Yago Dora (BRA) – 41.610
8.o: John John Florence (HAV) – 39.035
9.o: Leonardo Fioravanti (ITA) – 37.985
10.o: Ryan Callinan (AUS) – 33.145
——-outros brasileiros:
13.o: Italo Ferreira (RN) – 28.750 pontos
18.o: Caio Ibelli (SP) – 24.120

TOP-10 DA CATEGORIA FEMININA:
1.a: Carissa Moore (HAV) – 62.490 pontos
2.a: Tyler Wright (AUS) – 62.065
3.a: Caroline Marks (EUA) – 59.870
4.a: Molly Picklum (AUS) – 54.070
5.a: Caitlin Simmers (EUA) – 49.070
6.a: Stephanie Gilmore (AUS) – 41.115
7.a: Lakey Peterson (EUA) – 40.760
8.a: Tatiana Weston-Webb (BRA) – 38.980
9.a: Gabriela Bryan (HAV) – 35.505
10.a: Bettylou Sakura Johnson (HAV) – 31.800
Finalistas. Foto: Thiago Diz/World Surf League

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