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Nordestinos são os melhores em Fiji

O potiguar Ítalo Ferreira e o pernambucano Ian Gouveia brilharam nos tubos de Cloudbreak e são os dois primeiros brasileiros a ganhar duas chances de classificação para as quartas de final do Outerknown Fiji Pro.

Outerknown Fiji Women's Pro
Ian deixou o paizão Fabio Gouveia orgulhoso. Foto: @WSL / Ed Sloane

O potiguar Ítalo Ferreira e o pernambucano Ian Gouveia brilharam nos tubos de Cloudbreak e são os dois primeiros brasileiros a ganhar duas chances de classificação para as quartas de final do Outerknown Fiji Pro.

Outerknown Fiji Pro
Baía Formosa em festa com a performance de seu filho mais ilustre. Foto: @WSL / Kelly Cestari

Eles passaram as baterias da terceira fase que fecharam a segunda-feira com ondas entre 6 e 8 pés. O recifense e estreante em Fiji, Ian Gouveia, despachou um dos vice-líderes do Jeep WSL Ranking, Owen Wright. O local de baía Formosa, Ítalo Ferreira. Surfou os melhores tubos da última bateria do dia e derrotou o defensor do título do Fiji Pro, Gabriel Medina.

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Wiggolly Dantas venceu o duelo brasileiro contra Jadson Andre. Foto: @WSL / Kelly Cestari

Em outro duelo brasileiro na ilha de Tavarua, Wiggolly Dantas venceu Jadson André e vai disputar a terceira fase hoje, 05/06, assim como outro vice-líder do ranking, Adriano de Souza.

Ítalo e Medina brigaram pela vitória onda a onda, desde o tubaço que o bicampeão em Fiji surfou em sua primeira onda e valeu nota 8,10. O potiguar mostrou está recuperado da contusão no tornozelo que o tirou de três das quatro etapas desse ano, respondendo no mesmo nível, com 7,83 num belo tubo seguido por fortes manobras. Depois escolheu outra onda boa para passar por dentro e receber nota 8,0, abrindo 7,73 pontos de vantagem sobre o campeão mundial. Medina na primeira tentativa consegue 6,17. O tempo passa rápido para ele, chega no minuto final e Medina acaba entrando numa onda ruim, que fecha tudo. Mas, ainda deu tempo de pegar a onda de trás e mandar uma rasgada forte com a mão na borda invertendo a direção da prancha sem perder velocidade, atrasar para encaixar num tubo e na saída deslizar num grande floater e finalizar com mais uma manobra explosiva quando já havia suado o sinal de término da bateria. Ficou um longo suspense com ambos no mar aguardando a nota que demorou a ser divulgada, a expectativa foi transmitida ao vivo para o mundo todo. Dos cinco juízes, apenas um achou que Medina mereceu a vitória dando nota 7,80 e a média ficou em 7,37, com Ítalo Ferreira vibrando e socando o banco do Jet Ski onde estava sentado comemorando sua vitória por 0,36 pontos.

Outerknown Fiji Pro
Gabriel Medina tentou responde na última onda mais foi tarde e ìtalo venceu o duelo. Foto: @WSL / Kelly Cestari

“Isso foi incrível, muita expectativa e ainda bem que consegui vencer”, disse Ítalo. “É sempre difícil enfrentar o Gabriel, ele é um competidor muito forte. Estou muito feliz por estar aqui competindo novamente, surfando bem, sem pressão e pegando bons tubos. Eu só tenho que agradecer a Deus, minha família, minha namorada e todos os meus amigos que sempre estão me apoiando. Estou procurando apenas me divertir pegando boas ondas neste lugar incrível”.

Outerknown Fiji Pro
Ian com paciência pegou as melhores ondas na bateria. Foto: @WSL / Kelly Cestari

A mesma situação tinha acontecido três baterias antes. O favorito era Owen Wright, um dos três vice-líderes do ranking que foi campeão desta etapa em 2015 somando duas notas 10 na grande final, contra um estreante nos tubos de Fiji. Ian Gouveia já tinha surfado bem contra o norte-americano Kanoa Igarashi na repescagem e começou forte contra o australiano, surfando dois tubos na primeira onda para largar na frente com nota 8,33.

Owen Wright passou a ir em várias ondas, enquanto Ian esperava por uma da série, que demorou, mas ele foi recompensado com um belo tubo que valeu 7,33, deixando o australiano precisando de uma nota excelente pra vencer, 9,33. No último minuto, Owen acha um tubaço, na saída manda três manobras potentes e fica o suspense pela nota. Felizmente para a família Gouveia, ela sai: 8,93, e sua vitória é confirmada pela diferença de 0,40 décimos.

“Estou supercontente por finalmente passar da terceira fase pela primeira vez”, comemorou Ian “É um sentimento incrível estar aqui em Fiji competindo e vencer o Owen pegando bons tubos na bateria. Ele é um dos melhores surfistas nessas ondas aqui e eu sabia que teria que fazer algo diferente pra vencer. Eu consegui começar bem a bateria, isso certamente me deu confiança e estou muito feliz”.

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Matt Wilkinson será um dos próximos adversário de Ítalo. Foto: @WSL / Kelly Cestari

Com as vitórias na terceira fase, Ítalo Ferreira e Ian Gouveia terão duas chances de classificação para as quartas de final do Outerknown Fiji Pro e já retornaram ao grupo dos 22 primeiros colocados no ranking, que são mantidos na elite dos top-34 da World Surf League para o ano que vem. Ian vai disputar a primeira vaga direta da quarta fase com os australianos Matt Wilkinson e Julian Wilson. Já os adversários do Ítalo serão os vencedores da quinta e sextas baterias da terceira fase, que ficaram para abrir a terça-feira, 05/06.

Enquanto quatro brasileiros seguem na disputa do título do Outerknown Fiji Pro , quinto desafio do World Surf League Championship tour, cinco foram eliminados na segunda-feira.

Outerknown Fiji Women's Pro
Miguel Pupo não surfou o suficiente para passar da repescagem. Foto: @WSL / Ed Sloane

Miguel Pupo competiu duas vezes no segundo dia. Conseguiu ganhar a primeira numa disputa fraca de ondas com o australiano Jack Freestone. Depois, não teve qualquer chance contra Matt Wilkinson, vice-campeão na final do ano passado com Gabriel Medina.

O paulista Wiggolly Dantas e o potiguar Jadson André se enfrentaram pela repescagem. Jadson largou na frente, mas Guigui surfou um longo tubo que rendeu uma nota 8,17 decisiva para garantir a vitória.

Além de Jadson André, outros dois brasileiros já haviam perdido nas baterias da repescagem que abriram a segunda-feira em Cloudbreak, o catarinense Yago Dora e o baiano Bino Lopes. O convidado da World Surf League para essa etapa, Yago Dora, até começou bem no primeiro confronto do dia, porém só conseguiu pegar mais uma onda e foi derrotado pelo australiano Joel Parkinson por uma pequena diferença de 0,33 pontos.

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Sebastian Ziets mostrou conhecimento havaíano pra dominar os tubos de Cloudbreak. Foto: @WSL / Ed Sloane

Na segunda bateria, os tubos começaram a aparecer e o havaiano Sebastian Zietz surfou três ondas de forma incrível contra o substituto do contundido Caio Ibelli. No melhor deles, os juízes deram 9,43. No outro, Zietz saiu do tubo já em cima da afiada bancada de corais de Cloudbreak e recebeu nota 9,00 para fazer o segundo maior placar do campeonato, 18,43 pontos, contra apenas 9,53 das duas ondas computadas por Bino Lopes.

O taitiano Michel Bourez permanecia como o recordista absoluto do Outerknown Fiji Pro, com a nota 9,53 e os 18,77 pontos que atingiu em sua estreia no domingo. Até o francês Jeremy Flores bater uma das suas marcas na melhor onda surfada em Cloudbreak nestes dois primeiros dias. Ele pegou um tubaço, saiu e entrou em outro muito difícil que terminou numa sessão muito perigosa. Um dos cinco juízes chegou a dar nota 10 para ele e a média ficou em 9,57. Com ela, Jeremy Flores despachou o americano Nat Young por 17,57 a 11,10 pontos

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